A partir desta terça-feira (1º), entra em vigor uma nova exigência para instituições financeiras: cruzar informações das chaves Pix com a base de dados da Receita Federal, como forma de coibir fraudes, incluindo o uso de CPFs de pessoas falecidas.
Anunciadas em março pelo Banco Central, as novas medidas de segurança tentam reforçar a proteção do Pix, que já é o meio de pagamento mais popular do Brasil. Em 2023, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o volume de tentativas de fraudes usando Pix cresceu 37% em relação ao ano anterior, impulsionado por golpes como falsos boletos, phishing e uso indevido de dados de terceiros.
De acordo com o Relatório de Fraudes do Banco Central, mais de 2,7 milhões de tentativas de fraude relacionadas ao Pix foram detectadas em 2023. Um dos esquemas mais comuns é o cadastramento de CPFs de pessoas mortas ou inexistentes para movimentar dinheiro de forma ilegal.
Com a integração com a Receita Federal, as instituições financeiras passam a ter que verificar se os dados cadastrais estão corretos e se os titulares estão vivos e regulares no CPF. Se houver inconsistências, a chave Pix pode ser bloqueada, e o cliente será comunicado para atualização.
A Febraban destaca que o Pix, lançado em 2020, movimentou mais de R$ 17 trilhões no ano passado, o que faz dele um alvo atrativo para golpistas. A orientação é que usuários não compartilhem informações pessoais em redes sociais ou com estranhos, verifiquem sempre os destinatários das transferências e desconfiem de contatos suspeitos.