Viúva denuncia execução de jovem morto por policial militar: “Foi a sangue-frio e pelas costas por ser negro”
A morte de Guilherme Dias Santos Ferreira, 26 anos, gerou revolta e comoção. O jovem foi baleado e morto por engano por um policial militar logo após sair de mais um dia de trabalho. Segundo a viúva, Guilherme foi executado “a sangue-frio” e atingido pelas costas. Para ela, o crime teve motivação racial.
Guilherme carregava apenas uma mochila com uma marmita, talheres, um livro e a roupa do trabalho quando foi abordado. Morador da periferia, ele voltava para casa quando foi surpreendido pela ação policial.
Abordagem violenta
De acordo com testemunhas, Guilherme não reagiu nem tentou fugir. Ainda assim, foi atingido por disparos pelas costas. A família afirma que o jovem não tinha passagem pela polícia e trabalhava como auxiliar de serviços gerais em uma empresa da região.
A viúva, inconformada, acusa o policial de assassinato e cobra justiça. “Ele estava trabalhando, estava voltando para casa, não tinha nada de errado. Foi morto porque era preto, porque morava na periferia”, disse.
Investigação
A Polícia Militar informou que o caso está sendo investigado e que o agente envolvido foi afastado. A Corregedoria da corporação também acompanha o caso. Organizações de direitos humanos pedem apuração rigorosa e punição exemplar.
Moradores da comunidade organizaram protestos pedindo justiça para Guilherme e cobrando o fim da violência policial. O caso reacende o debate sobre o racismo estrutural e a letalidade policial no país.