Presidente Marco Eberlin aposta em vínculo do jogador com Campinas para convencê-lo a renovar e garante que clube terá equipe competitiva em 2026
Por Sandra Venancio
A diretoria da Ponte Preta ainda não desistiu de contar com o meia Elvis para a próxima temporada. O presidente do clube, Marco Antonio Eberlin, afirmou ontem que fará um esforço concentrado para convencer o jogador, de 35 anos, a permanecer no estádio Moisés Lucarelli em 2026.
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“Elvis falou comigo. Ele tem um pré-contrato com a Ponte Preta. Cabe ao clube honrar esse pré-contrato. Se o jogador receber uma oferta superior, ele tem liberdade para escolher o caminho que quiser seguir. Vamos fazer de tudo para que ele continue aqui, em uma condição que a gente consiga pagar”, disse o dirigente em entrevista à Rádio Brasil Campinas. “Ele falou comigo duas vezes. Eu não descarto a possibilidade de renovação contratual”, reforçou.

Presente no elenco da Macaca desde julho de 2022, Elvis já revelou ter quatro propostas de transferência — uma delas do Santa Cruz (PE), onde o ex-goleiro Harley, com quem trabalhou no Goiás em 2021, atua como dirigente de futebol. Com o bicampeonato recente — Série A2 em 2023 e Série C em 2025 —, o meia ganhou destaque no mercado e deixou os torcedores pontepretanos apreensivos ao insinuar, nas redes sociais, que poderia se despedir do clube.
Eberlin, no entanto, acredita na possibilidade de reversão. Segundo ele, Elvis criou vínculos com Campinas e com o clube. “O Elvis comprou um imóvel na cidade. Ele tem residência fixa e não gosta de morar na praia. Não gosta de videogame. Gosta de caxeta, de Brahma. É um cara à moda antiga. Ele só não fica na Ponte se não quiser”, afirmou. O presidente também não descartou viajar até Foz do Iguaçu (PR), onde o jogador mantém outra residência, para tentar convencê-lo pessoalmente a renovar.
O dirigente elogiou o perfil do atleta e destacou que líderes de vestiário como Elvis são importantes para o ambiente do grupo. “Jogador ajuda. Quando você tem atletas de caráter, com característica de liderança, eles contribuem, mas quem faz o vestiário são os comandantes do clube. As pessoas que estão no dia a dia do futebol são as responsáveis pelo bom ambiente”, avaliou.
Além de tentar a renovação, Eberlin quer garantir o cumprimento das obrigações salariais. Ele prometeu quitar os quatro meses de salários atrasados até o fim do ano. “Pretendo terminar o ano com tudo em dia. Vou manter minha palavra para que a Ponte possa seguir sua vida e montar uma equipe competitiva, que não sofra sustos em 2026”, afirmou.
De olho em um segundo mandato como presidente, Eberlin reconheceu que o próximo ano será desafiador, mas projeta campanhas fortes na Série A1 do Paulistão, na Copa do Brasil e na Série B. “Em nenhum campeonato que eu estiver na diretoria, nós vamos disputar por disputar ou para não cair. A Ponte vai buscar o maior degrau possível”, garantiu.
O presidente confirmou a continuidade do técnico João Brigatti e do executivo Ricardo Koyama, responsáveis por conduzir o planejamento e o mercado de transferências, que deve ganhar força com a abertura da janela em janeiro. Parte do elenco campeão da Série C pode ser aproveitada.
Eberlin, porém, pediu paciência à torcida e explicou que o período eleitoral e o “transfer ban” atrapalharam o planejamento. “Atrasou um pouco o trabalho porque nós temos eleição e também o transfer ban, que vamos resolver. Existe a eleição, é chapa única, mas outra pessoa pode se candidatar e vencer. Com isso, os parâmetros e os destinos do clube são alterados. Ano de eleição é um ano trágico para a Ponte”, comentou.
Pelo estatuto, após a eleição dos 150 conselheiros, o Conselho Deliberativo se reúne com os conselheiros natos (vitalícios) para escolher os dirigentes da Diretoria Executiva que comandarão o clube no novo mandato.




