Miguel Ruiz*
O que são heróis? Podemos defini-los como pessoas que foram ou são marcadas por atitudes e ideais nobres, como a justiça, a coragem, a moral. São heróis aqueles que dedicaram suas vidas a ações em prol do desenvolvimento ou atividade benéfica para uma nação ou Estado. Esses que, em alguns casos, superam até as suas capacidades físicas, como os mártires, que no nosso dicionário Aurélio é definido como: “pessoa que sofre tormentos ou a morte por causa de suas crenças ou opiniões”.
O Brasil que conhecemos hoje foi marcado pelo heroísmo de muitos, como Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido por Tiradentes, considerado um grande mártir da independência do nosso País; também de marechal Deodoro da Fonseca, responsável pela proclamação da república brasileira em novembro de 1889 ou da princesa Isabel, que numa “penada” assinou a libertação dos escravos. São eles exemplos de pessoas cujos atos heróicos ou de martírios foram proveitosos para todo um povo.
O primeiro, Tiradentes, foi suspenso com uma corda amarrada ao pescoço em favor da liberdade do Brasil. O País, que hoje de livre não tem nada, pois se faz escravo do tráfico de drogas e entorpecentes, dos radicais, dos lobistas, e daqueles ditos “sem-terra”, que fazem a ocupação de propriedades privadas, por alegarem não ter lugar para morar. Mas a invasão ilegal, quem lhes dá o direito? Esses indivíduos fogem às regras da boa conduta e da moralidade. Sem falar daqueles que cativam nossas crianças para o crime e para a prostituição.
Nossos heróis de hoje, os que nossos filhos e jovens vêem e nossos netos verão, são moldados pelo desacordo e por não seguirem as regras impostas pela sociedade, algumas pautadas no bom comportamento e na ética.
São esses ídolos e heróis que nossas crianças vêem diariamente na televisão, como Marcos Willians Herbas Camacho, vulgo \”Marcola\”, que por seus atos criminosos como, por exemplo, os diversos ataques contra os ônibus e as agências bancárias em uma das maiores cidades do mundo: São Paulo, saldando 45 mortes, e cuja biografia aparece até na wikipédia, maior enciclopédia on-line do mundo.
Tornou-se um herói, porque muitos jovens, nos morros cariocas ou nas favelas paulistas, só se deparam com esse tipo de personagem e querem ser tão contestadores como ele. É a lei de Gerson: “levar vantagem em tudo, certo?”
E ainda representa um gasto de 20 milhões de reais aos cofres públicos, verba dirigida para construção de um presídio. Uma soma que deveria ser revertida em educação aos nossos jovens, para não que precisássemos investir em mais presídios no amanhã.
Ainda vemos ressurgir da história nacional, personalidades insatisfeitas como a do ex-capitão Carlos Lamarca, desertor que saiu da Bahia para furtar armas de base do Exército, localizada em São Paulo, e poder atuar como guerrilheiro contra a ditadura militar. Seu currículo foi marcado por assaltos a bancos e ainda acaba de ser promovido a herói. Mas furto não é crime? E esse fora-da-lei agora é aclamado como herói?
São esses os heróis de hoje: lobistas, sem-terras, políticos, traficantes, criminosos e terroristas. Maus exemplos que pouco a pouco sitiam a Nação, e nos fazem caminhar para um horizonte não muito distante, no qual ficaremos, a cada dia mais, subordinados à falta de ética e ao imoralismo. É o Brasil do futuro se desenhando agora.
Os verdadeiros heróis são os bombeiros, como os que trabalharam arduamente no resgate das vítimas do acidente com o Airbus da TAM ou na cratera do metrô de São Paulo. Esses sim são exemplos de bons cidadãos a serem seguidos!