A visita ao oftalmologista pode impedir o avanço de uma das doenças que mais causam cegueira no País: a catarata
O Brasil está preparado para envelhecer? Segundo dados divulgados no início de abril pelo IBGE, para cada 100 jovens, há 25 idosos no Brasil. O número de brasileiros maiores de 60 anos é de cerca de 17,6 milhões, o que significa dizer que 9,7% da população brasileira é composta por pessoas da terceira idade. O País está na lista dos 10 países com maior população de pessoas idosas em termos absolutos do mundo. Segundo o IBGE, o Brasil ocupa a oitava colocação, à frente de Itália e França. Os primeiros do ranking são China, Índia, Estados Unidos, Japão, Rússia, Alemanha e Indonésia.
“Já vivemos, em média, 70 anos e precisamos nos adaptar a essa nova fase da vida, que pode ser melhor, quando gozamos de boa saúde. À medida que envelhecemos, devemos redobrar os cuidados com a visão”, alerta o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor-clínico do IMO.
Fazer o exame clínico do olho, periodicamente, é mais importante do que se possa imaginar, na terceira idade. Além de permitir a descoberta de problemas facilmente contornáveis com o uso de óculos, “a visita ao oftalmologista pode impedir o avanço de uma das doenças que mais causam cegueira no País: a catarata”, afirma Centurion, que também preside a Associação Latino-Americana de Cirurgiões de Córnea, Catarata e Cirurgias Refrativas (ALACCSA).
Por acometer cerca de 75% das pessoas com idade acima de 70 anos, a catarata é, hoje, uma das principais causas de cegueira no mundo, afetando diretamente a qualidade de vida dos idosos. Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Oculares, 350 mil pessoas ficam cegas todos os anos em decorrência da doença, no Brasil.
Caracterização da doença
A catarata caracteriza-se pela opacificação da lente interna do olho, chamada cristalino, responsável por focar as imagens dos objetos na retina. Com a opacificação desta lente, as imagens captadas pelo olho perdem sua nitidez e qualidade.
Em seu estágio inicial, a catarata causa uma perda discreta da qualidade visual, alterando a visão das cores, que se apresentam mais desbotadas. Outro sintoma comum é a diminuição da acuidade visual noturna, às vezes com certo ofuscamento na presença de focos intensos de luz, como faróis de automóveis. À proporção que a catarata avança, a visão vai ficando progressivamente mais turva e embaçada, prejudicando as atividades mais comuns tais como a leitura, o caminhar ou até assistir TV. “Nos casos extremos, a queixa óbvia é a perda da visão útil. Não são raros os casos de pacientes mais idosos que sofrem quedas e fraturas sérias devido à visão prejudicada pela catarata”, informa o oftalmologista Juan Carlos Sanchez Caballero, que também integra o corpo clínico do IMO.
Como não existe tratamento clínico para a catarata, a única maneira de impedir o avanço da doença e a perda da visão é a cirurgia de remoção do cristalino opaco dos olhos e a colocação de uma lente intra-ocular artificial. “A cegueira causada pela catarata pode ser reversível nos casos em que não há outras doenças oculares associadas, como a degeneração macular, a retinopatia diabética ou o glaucoma”, diz o Dr. Juan Caballero. “É preciso também lutar contra uma antiga crença muito arraigada na população: a deixar a catarata ‘amadurecer’ para depois operá-la. Quanto mais cedo for feita a cirurgia, mais rápida será a reabilitação visual\”, alerta o oftalmologista.
Como é feita a cirurgia
A técnica cirúrgica mais empregada atualmente é a facoemulsificação, na qual se obtêm resultados melhores e mais rápidos. A técnica utiliza um aparelho chamado facoemulsificador. Faz parte dele um tipo de ‘caneta’ que emite ondas ultrassônicas, capazes de pulverizar o cristalino com catarata. Depois de pulverizado, os fragmentos cristalinianos são aspirados através da pequena abertura pela qual a extremidade da ‘caneta’ foi introduzida dentro do olho. A catarata é removida e em seu lugar é implantada uma lente artificial, chamada lente intra-ocular, que substituirá o cristalino, permitindo a adequada focalização das imagens captadas pelo olho.
As lentes atuais permitem a correção de outros problemas oculares além da catarata, como a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo e mais recentemente a presbiopia ou vista cansada. “Cada situação cirúrgica deve ser analisada em particular, para que o oftalmologista possa indicar a melhor lente para cada paciente”, destaca o oftalmologista Juan Caballero.
A anestesia utilizada na cirurgia pode ser uma infiltração local ou gotas de colírio anestésico. Na grande maioria dos casos, a recuperação da visão ocorre logo nas primeiras 24 horas e o resultado é facilmente percebido. Os exames pré-operatórios e os cuidados com assepsia são inerentes aos procedimentos de alta complexidade.
“Com o aumento da população idosa, um dos grandes desafios brasileiros será o de oferecer um atendimento médico adequado à esta parcela da população, que requer cuidados especiais”, diz Virgilio Centurion. De acordo com o médico, a falta de informação e de acesso aos tratamentos é o principal desafio a ser enfrentado no combate à perda de visão decorrente da catarata. “Com o diagnóstico precoce da doença é possível preservar a visão do paciente e assegurar a qualidade de vida do idoso”, informa o oftalmologista.
IMO
O Instituto de Moléstias Oculares, IMO, é hoje uma das referências internacionais no tratamento oftalmológico, especialmente, nas áreas de diagnóstico, cirurgia e terapia. A clínica localiza-se na cidade de São Paulo, na Avenida Ibirapuera, é formada por uma equipe de profissionais altamente qualificados e devidamente credenciados junto às sociedades e instituições de classe nacionais e internacionais. Dispõe de condições ideais para atender com excelência o público, desde a infância até a terceira idade. Por manter convênios com mais de 60 planos de saúde, pode realizar um atendimento amplo e diversificado à população.
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