A nova lei do trânsito brasileira, que permite um consumo máximo de 02 decigramas de álcool por litro de sangue, gera opiniões diversas. Além de multas elevadas, o motorista embriagado corre o risco de perder a carteira, ter seu carro retido e em alguns casos, ser preso.
Com medo das conseqüências, muitos motoristas escolhem o uso de táxi para suas saídas noturnas. ”Na sexta-feira, dia internacional da cerveja, as pessoas vão para o trabalho de carona ou ônibus, e depois vão para o bar. Aí voltam para casa de táxi”, explica o taxista Pedro Ivo. A corrida noturna, que custa uma média de R$30,00, teve uma demanda elevada desde que a lei começou a ser aplicada.
O instrutor de auto-escola Germano Félix comenta que seus alunos têm opiniões diversas sobre a nova lei. “Tem alunos que apóiam, outros acham muito radical. Muitos jovens que vão para a auto-escola acham a lei muito severa”, comenta. Mas Félix alega ser a favor da lei. “É visível que o número de acidentes diminuiu. A bebida é uma droga lícita, mas não deveria ser. Não deveria ser possível encontrar bebida em qualquer supermercado”, desabafa o instrutor.
O pintor de celular Sílvio do Amaral diz que é a favor da lei seca. “Quase fui atropelado por um bêbado aqui no centro outro dia. O povo sai do bar e dirige. Imagina se atropelam a minha sobrinha ou minha mãe?”, desabafa.
O instrutor Félix aconselha que não se faça o bafômetro no caso de o motorista ter bebido um pouquinho a mais. “Até o motorista ser levado para fazer exame de sangue ou ser autuado, o seu nível de álcool no sangue terá baixado. Para quem bebeu pouco, talvez seja uma alternativa”, sugere. O motorista de táxi Pedro Ivo sugere que o motorista pegue um táxi. “Tome a sua biritinha, que a gente leva pra casa”, completa.
Por: Luiza Chelegon Cúrcio