Moradores que pagam taxas residenciais reclamam da falta de manutenção
A Rua Áurea Vieira no Residencial Colinas do Ermitage, no distrito de Sousas, está passando por uma situação precária. Buracos e desnivelamentos do asfalto são visíveis. Causados na maioria das vezes por fatores naturais e descuido do local, atrapalham e preocupam os moradores do Ermitage. Em alguns pontos próximos as casas mais antigas que ali se instalaram, quando era apenas um bairro, a situação é preocupante e similar a ruas de bairros periféricos, prejudicados por enchentes e esquecidos pela prefeitura. E isso agora acontece em um loteamento de alto padrão.
Miwa Yamamoto Miragliotta é presidente da associação, assumiu o conselho em 2007 e foi reeleita em 2008. “Iniciei algumas melhorias prioritárias que foi a recuperação da rua do lago que havia problema de erosão e a segunda é a rua Áurea Vieira que precisava de um projeto para ser executada, fiz o orçamento para a rua que necessita de projeto de pavimentação e hidrologia, pois existe grandes problemas de minas, a recuperação não é só passar um novo asfalto, tem que fazer desde a base até a superfície com novas tecnologias, esse custo em 2007 era de R$175.05,40. Como não havia dinheiro no caixa não pude dar início nas obras”, afirma.
A moradora, Luciana Fassarella, reclama sobre a falta de verba da associação para a manutenção da rua e que muitos moradores pararam de pagar a mensalidade do condomínio. “Quando chove vira uma enchente e o nível da água sobe muito e, além disso, também nos preocupamos com a falta de iluminação ainda mais no escuro onde as chances de alguém se machucar são grandes”, afirma Luciana.
Na mesma rua reside o morador Antônio Cândido que é um dos mais antigos do local. Há 12 anos ele convive com problemas como a falta de calçada, ônibus que não podem circular no local e o perigo dos pedestres muito deles pedreiros e empregadas domésticas que circulam na área e diz: “Temos que nos preocupar com as pessoas que passam por aqui e depois com os veículos, a falta de uma calçada dificulta muito o acesso. A associação que é formada por poucos, acaba sendo uma máfia que visa como principal renda o lucro sobre esses moradores”.
Vizinho de Antônio, o morador Ton Crivelaro, também é um dos mais antigos do local se queixa da rua, de forma clara afirma que a partir do momento em que um local público é fechado, não existe mais uma preocupação com as pessoas e sim com a parte financeira desse sistema. “Se a rua chegou nesse estado, é porque o poder público esqueceu do local e a associação não é capaz de reparar o problema, falta verba, incentivo e vontade, nossos carros ficam bem prejudicados por causa dessa rua, principalmente os amortecedores que já são caros por natureza e com uma rua assim o problema se agrava mais ainda”, reclama Ton.
A administração do Ermitage entrou com ações judiciais para acertar pendências com moradores inadimplentes, estão em processo 68 ações da primeira leva e 35 já fecharam acordo. O custo do projeto para a rua Áurea Vieira foi de R$7.000,00 e orçamento hoje para recuperação da rua está em R$258.748,30.
Em relação ao mato, contratamos uma equipe extra no período de chuva, esse ano trabalhamos com o Cândido Ferreira, mas as máquinas pifam, queimam, não podem trabalhar com chuva. “A associação zela pelo bem estar e todos serão beneficiados. Os moradores reclamam, mas ninguém participa das assembléias e nem lêem a ata”, diz Miwa.
Rafael Libertini