A vida é um mar aberto. Sua profundidade e abrangência nos deixa em duvida: há mais caminhos que nos levam a felicidade ou a infelicidade. Sei que percorremos milhas de sofrimento e dor, porém habituei a navegar em mar que pode até ser turbulento, mas que quando o sol nasce, nasce em mim uma paixão desproporcional pela alegria de viver. E isto vem da filosofia que semeio em meu mundo intimo: sinto mais prazer em dar as braçadas no mar do que a chegada ao porto. Mesmo este porto atual ser remanso que flua naturalmente no meu mundo intimo clareado por uma potente estrela. Naufragar deve ser nosso ultimo ato existencial. Navegar sem obstáculo ou com obstáculos devem ser nosso destino. Deslocar nosso arsenal conforme a guerra. Carregar em nossas lutas diárias o peso das adversidades, remando incasavelmente, galgando degrau por degrau de nossa trajetória é cumprir nossa missão com sucesso.
Compreender em que nossa existência não existe obra final, aprimoramento e distanciamento do comodismo, impregnada em nossas rotinas, deve ser o instrumento eficaz que construa nossas vidas de virtudes.
Ter a percepção que o fracasso inicial é um aviso de mudanças de estratégias e não a derrota definitiva da luta. Inserido em nossos êxitos estão coletâneas de fracassos mortos por nós mesmos, nascido no mundo imprevisível de nossas guerras diárias.
Com estas filosofias é impossível nascer para outra coisa a não ser a felicidade. Eliminar o vírus que contamina nosso campo de ação de tristeza solidificada.
Desprazeres cotidianos são normais, mas a perenidade da infelicidade em nossas vidas são sintomas que devemos destruir com a voracidade de quem realmente acredita que a intensidade do amor faz o mundo ficar nosso intimo e as guerras diárias podem até de vez enquanto ser marcados por derrotas, que teremos potencial para continuar a luta com afinco.
JUAREZ ALVARENGA