*Áurea Rangel
A Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica de Turismo 2005 – um estudo realizado pelo Núcleo de Estudos Avançados em Turismo e Hotelaria, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas -, divulgada no início deste ano, foi categórica em apontar as precárias condições das estradas brasileiras como um dos fatores que atravancaram o avanço do turismo rodoviário no Brasil no ano passado.
Segundo os empresários das operadoras de turismo, a economia brasileira apresentou melhores resultados em relação ao ano anterior – 50% deste segmento cresceu em relação a 2004. Mas \”(…) como fatores limitadores da expansão (…) a qualidade e a segurança precária das rodovias foram ressaltadas pelas empresas que trabalham com turismo rodoviário\”, diz a pesquisa.
Não é de se estranhar que operadoras responsáveis diminuam o incentivo a esta modalidade turística tendo em vista que as estradas brasileiras, em sua maioria, não oferecem mínimas condições de segurança. Quem responde moral e judicialmente por danos à integridade física de seus passageiros e tripulação não pode se animar a colocar carros em estradas nas quais não há nenhum tipo de sinalização horizontal preservada, para dizer o mínimo. É uma pena porque se o caminho não ajuda, certamente o destino reservaria agradáveis surpresas.
Esta pesquisa é mais uma prova de como as condições das estradas podem influenciar negativamente nas atividades econômicas do País. Por ser mais barato, o turismo rodoviário poderia privilegiar mais pessoas e, em uma espécie de cadeia produtiva, estimular o desenvolvimento de regiões estanques, mas com potencial turístico latente.
Em recente avaliação, a Associação Nacional do Transporte de Cargas (ANTC) divulgou que 80% das estradas brasileiras são classificadas entre deficientes e péssimas. No artigo O Caos Rodoviário Brasileiro, o vice-presidente do Instituto Liberal (Rio de janeiro), Cândido Prunes, desabafa: \”(…) Não surpreende, portanto, que morram 34 mil pessoas anualmente nas estradas brasileiras. Mas não são apenas os ´leitos carroçáveis´ que estão em péssimo estado de conservação. A sinalização é precária ou inexistente, até mesmo nas principais rodovias. A segurança nas estradas é outro aspecto crítico (…) espantando o turismo rodoviário.\”
Se por um lado a situação é crítica, por outro a solução existe e é viável. Ao contrário do estado de letargia que acompanha as obras públicas no Brasil, a indústria de sinalização investiu pesado em tecnologia, buscando agregar valor aos produtos utilizados, criando novos padrões sempre levando em conta a durabilidade, a segurança e a eficácia de tintas demarcatórias e demais acessórios voltados à sinalização. A solução existe. Ela precisa apenas ser solicitada por quem de direito. Se a idéia é desenvolver o turismo rodoviário brasileiro, este é o primeiro pedágio a ser vencido. Depois o sinal estará verde.
*Áurea Rangel é química, mestre em engenharia de materiais e diretora-executiva da Hot Line.
DEFICIÊNCIA NA SINALIZAÇÃO DAS ESTRADAS ATRAVANCA AVANÇO DO TURISMO RODOVIÁRIO NO PAÍS
*Áurea Rangel
A Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica de Turismo 2005 – um estudo realizado pelo Núcleo de Estudos Avançados em Turismo e Hotelaria, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas -, divulgada no início deste ano, foi categórica em apontar as precárias condições das estradas brasileiras como um dos fatores que atravancaram o avanço do turismo rodoviário no Brasil no ano passado.
Segundo os empresários das operadoras de turismo, a economia brasileira apresentou melhores resultados em relação ao ano anterior – 50% deste segmento cresceu em relação a 2004. Mas \”(…) como fatores limitadores da expansão (…) a qualidade e a segurança precária das rodovias foram ressaltadas pelas empresas que trabalham com turismo rodoviário\”, diz a pesquisa.
Não é de se estranhar que operadoras responsáveis diminuam o incentivo a esta modalidade turística tendo em vista que as estradas brasileiras, em sua maioria, não oferecem mínimas condições de segurança. Quem responde moral e judicialmente por danos à integridade física de seus passageiros e tripulação não pode se animar a colocar carros em estradas nas quais não há nenhum tipo de sinalização horizontal preservada, para dizer o mínimo. É uma pena porque se o caminho não ajuda, certamente o destino reservaria agradáveis surpresas.
Esta pesquisa é mais uma prova de como as condições das estradas podem influenciar negativamente nas atividades econômicas do País. Por ser mais barato, o turismo rodoviário poderia privilegiar mais pessoas e, em uma espécie de cadeia produtiva, estimular o desenvolvimento de regiões estanques, mas com potencial turístico latente.
Em recente avaliação, a Associação Nacional do Transporte de Cargas (ANTC) divulgou que 80% das estradas brasileiras são classificadas entre deficientes e péssimas. No artigo O Caos Rodoviário Brasileiro, o vice-presidente do Instituto Liberal (Rio de janeiro), Cândido Prunes, desabafa: \”(…) Não surpreende, portanto, que morram 34 mil pessoas anualmente nas estradas brasileiras. Mas não são apenas os ´leitos carroçáveis´ que estão em péssimo estado de conservação. A sinalização é precária ou inexistente, até mesmo nas principais rodovias. A segurança nas estradas é outro aspecto crítico (…) espantando o turismo rodoviário.\”
Se por um lado a situação é crítica, por outro a solução existe e é viável. Ao contrário do estado de letargia que acompanha as obras públicas no Brasil, a indústria de sinalização investiu pesado em tecnologia, buscando agregar valor aos produtos utilizados, criando novos padrões sempre levando em conta a durabilidade, a segurança e a eficácia de tintas demarcatórias e demais acessórios voltados à sinalização. A solução existe. Ela precisa apenas ser solicitada por quem de direito. Se a idéia é desenvolver o turismo rodoviário brasileiro, este é o primeiro pedágio a ser vencido. Depois o sinal estará verde.
*Áurea Rangel é química, mestre em engenharia de materiais e diretora-executiva da Hot Line.




