Ponte e Guarani se reforçam para 2007
Investindo na contratação de vários jogadores, os clubes esperam, já nas competições estaduais, apagar a péssima imagem deixada no último ano
Desacreditados, desmontados e sem inspirar a confiança dos torcedores. Ponte Preta e Guarani, os dois maiores clubes do interior de São Paulo, começam 2007 em situações muito semelhantes. Recém rebaixada à segunda divisão do Campeonato Brasileiro, a Macaca junta os cacos de olho no campeonato estadual. O Bugre, por sua vez, vive situação ainda pior. O clube, que em 1978 chegou a ser campeão brasileiro, disputará a segunda divisão do Paulistão e a terceira do Nacional. Apesar das situações delicadas dos dois clubes, que também não vão bem financeiramente, o novo ano traz novas esperanças aos seus torcedores. Cada qual com seus objetivos e possibilidades, as duas diretorias trabalham para reforçar as equipes e fazer bonito em 2007. E, de um jeito ou de outro, os atletas estão chegando.
Na Guarani, o diretor de futebol José Carlos Hernandes tem se desdobrado para atender aos pedidos do técnico Waguinho Dias. Na última semana, o alvi-verde recebeu o 14º reforço. Vindo do Barueri, clube recém promovido à primeira divisão do Paulistão, o volante Roberto chegou sonhando alto. “Assim como no Barueri, em que subimos de divisão nos últimos anos, espero ajudar o Guarani a sair desta situação”, declarou. Jogador de marcação forte, Roberto chega ao clube acompanhado do goleiro Buzetto, dos zagueiros Cleiton Mineiro, Lino e Márcio Rocha, do volante Macaé, dos laterais Lucas e Rogério, dos meias Fernandinho e Rone Dias e dos atacantes Róbson, Lê e Tozin. Até o fechamento desta edição, havia ainda a possibilidade de acerto com o meia Gabriel, jovem de 18 anos do Internacional, que viria por empréstimo.
Apesar de tantos nomes chegando ao Brinco de Ouro, engana-se quem acha que a temporada de contratações está fechada. Waguinho ainda espera a chegada de um atacante de ofício para integrar o plantel. Mesmo tendo o perfil traçado, ainda não existem nomes em pauta. \”Nossa intenção é buscar um atacante de área renomado. Mas, no momento, não temos ninguém em vista porque está muito difícil encontrar no mercado\”, afirmou o comandante.
Pelos lados da Ponte Preta a movimentação em busca de reforços também é intensa. Mas, ao contrário do arqui-rival, que está optando por um “pacotão” de atletas desconhecidos da maioria dos torcedores, a diretoria da Ponte está investindo em atletas com mais renome. Apresentado na última terça-feira, o atacante Finazzi, de 33 anos, é o maior exemplo disso. O jogador, vindo do Fortaleza, deverá receber R$ 25 mil mensais, salário considerado alto para os padrões atuais da Ponte, que tem anunciado um teto de R$ 15 mil. O zagueiro Emerson, ex-atleta de São Paulo e Portuguesa, também representa uma das raras exceções no magro orçamento do clube. Os outros jogadores que chegaram ao Majestoso até agora foram: o lateral-direito Jonathan, os zagueiros Anderson e Zacarias, os volantes João Marcis, Julian e Ismael, os meias Castor e Heverton e o atacante Anderson Luiz. O meia Dinelson, fora dos planos do Corinthians, também interessa.
Com estréias marcadas para os dias 17 e 18, contra Corinthians e Portuguesa, respectivamente, Ponte Preta e Guarani, em campeonatos distintos, querem iniciar a temporada da mesma forma: vencendo e dando esperanças aos seus torcedores de que 2007 será muito melhor que 2006.