Câncer de Pele
A doença Há diversas teorias sobre a origem do câncer, mas sabe-se que é uma doença de DNA. As células cancerígenas surgem quando ocorre alguma alteração na estrutura genética das células saudáveis. Ao se tornarem células danificadas, passam a se multiplicar descontroladamente.O excesso de exposição à radiação ultravioleta dos raios solares é a principal causa do surgimento do câncer de pele. O sol em excesso, ao longo dos anos, altera as células do corpo e propicia o aparecimento da doença, principalmente após os 40 anos de idade, já que os efeitos nocivos do sol são cumulativos.Porém, doenças cutâneas prévias, úlcera angiodérmica, cicatriz de queimadura e exposição a fatores químicos também podem propiciar o desenvolvimento do câncer de pele. Nesses casos, a doença pode se manifestar anos depois da exposição contínua aos fatores de risco.A pele é o maior órgão do corpo humano e é dividida em duas camadas: epiderme (parte externa) e derme (parte interna). Sua função é proteger o corpo do calor, da luz e das infecções. Além disso, ela regula a temperatura do corpo e cuida da reserva de água, vitamina e gordura.No período das 10h às 16h do dia, a incidência dos raios ultravioleta é mais intensa. Em decorrência da destruição da camada de ozônio, esse processo natural se agravou, aumentando progressivamente a radiação solar. O câncer de pele corresponde a cerca de 25% de todos os tumores malignos já registrados no Brasil. Pessoas com pele clara ou que sofrem de doenças cutâneas são as principais vítimas da doença. Como mais de 50% da população brasileira tem pele clara e o Brasil está geograficamente localizado em uma área com alta incidência de radiação solar, nosso País está entre aqueles com maior incidência da doença no mundo.Pesquisas mostram que a exposição cumulativa aos raios solares nos primeiros 20 anos de vida aumenta consideravelmente o risco de desenvolvimento do câncer de pele. Detectado em seu estágio inicial, o câncer de pele apresenta grande possibilidade de cura. A doença está dividida em duas formas: câncer de pele melanoma e câncer de pele não-melanoma.
Câncer de pele melanoma Este tipo de câncer tem origem nos melanócitos, células produtoras de melanina que determinam a cor da pele. É o mais perigoso tipo de câncer de pele, por ter grande possibilidade de metástase, ou seja, pode se espalhar para outras partes do corpo. O câncer de pele melanoma representa 4% dos tipos de câncer de pele e tem predominância em adultos brancos.Apesar da alta taxa de mortalidade, sua incidência é baixa. Em 2006, foram detectados aproximadamente 2.710 novos casos em homens e 3.050 novos casos em mulheres. As maiores taxas estimadas da doença encontram-se na região Sul*.
Câncer de pele não-melanoma O câncer de pele não-melanoma é um tipo de tumor que não tem probabilidade de metástase. Trata-se do tipo de câncer de pele mais comum e se origina na camada mais profunda da epiderme, em decorrência da alta exposição à luz solar. Apesar das altas taxas de incidência, apresenta elevados índices de cura devido à facilidade de diagnóstico precoce. Veja alguns dados do câncer não-melanoma no Brasil*:· Em 2006, o Brasil apresentou aproximadamente 55.480 casos de câncer de pele não-melanoma em homens e 61.160 em mulheres.· O câncer de pele não-melanoma é mais comum em homens, com um risco estimado de 87 casos para cada 100 mil pessoas na Região Sul, 73 para cada 100 mil na Região Sudeste, 56 para cada 100 mil na Região Centro-Oeste, 43 para cada 100 mil na Região Nordeste e 30 para cada 100 mil na Região Norte.· Nas mulheres, o câncer de pele não-melanoma é mais freqüente na Região Sul, com um risco de 85 casos para cada 100 mil pessoas. No Centro-Oeste, são 72 casos para cada 100 mil pessoas; no Nordeste, 45 para cada 100 mil; no Norte, 30 para cada 100 mil e no Sudeste, 66 para cada 100 mil.A doença pode apresentar dois tipos de diagnóstico: carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. Muitas vezes os carcinomas começam como queratose actínica.
Carcinoma basocelular O carcinoma basocelular é diagnosticado através de uma ferida ou nódulo com evolução lenta. É o tipo de câncer de pele mais comum e se origina na camada mais profunda da epiderme, em decorrência da alta exposição à luz solar. O tumor começa muito pequeno e vai crescendo lentamente sobre a pele. A velocidade desse crescimento é variável, podendo chegar até 1,5 cm em um ano. Às vezes, ele cresce de maneira plana e apresenta um aspecto de cicatriz.
Carcinoma espinocelular O carcinoma espinocelular ou carcinoma epidermóide apresenta lesões espessas avermelhadas e/ou descamativas, que podem sangrar ou ulcerar facilmente. A doença ocorre com maior freqüência em áreas da pele expostas ao sol. Trata-se de um tipo de câncer mais perigoso do que o carcinoma basocelular, porque pode provocar metástase, mas o tratamento é geralmente bem-sucedido.
Queratose actínica O efeito cumulativo da radiação ultravioleta do sol sobre a pele durante toda a vida propicia o surgimento da queratose actínica, uma lesão que surge em algumas áreas da pele que foram continuamente expostas ao sol.As lesões apresentam diferentes aspectos, como vermelhidão, descamação e aspereza. Além disso, podem se manifestar como manchas escuras um pouco salientes ou rugosas. Elas aparecem principalmente no rosto, no couro cabeludo e no dorso dos braços e das mãos. As lesões localizadas na cabeça e no pescoço costumam ser planas, enquanto as situadas no dorso das mãos e dos braços são mais ásperas.Em 20% dos casos, a queratose actínica pode se transformar em câncer de pele quando não tratada em seu estágio inicial. Nesse caso, a queratose torna-se mais elevada e pode ocorrer vermelhidão na base, sangramento, além de pequenos traumatismos. Ainda não é possível saber quando uma queratose actínica pode evoluir para um câncer, por isso é importante tratá-la logo no início.
*Fonte: INCA – Instituto Nacional de Câncer
Terapia Fotodinâmica
Definição A terapia fotodinâmica é um procedimento inovador para o tratamento de câncer de pele não-melanoma e de queratose actínica. O tratamento é realizado no consultório médico e engloba duas fases, com intervalo de uma semana. Cada tratamento é formado por três etapas: preparação da lesão, aplicação de um creme fotoativado na lesão e exposição da lesão a uma luz vermelha especial.
Benefícios O principal benefício do procedimento é que várias lesões podem ser tratadas ao mesmo tempo. Além disso, devido à sua natureza não invasiva e seletiva, a possibilidade de problemas com cicatrizes e efeitos colaterais, como vermelhidão e descamação, é menor.
Tratamento O tratamento consiste em destruir as células anormais expondo-as a uma luz vermelha especial. Devido à ação seletiva do procedimento, as células saudáveis não são prejudicadas. Veja a seguir o detalhamento de cada etapa. Etapa 1 – Preparação da lesãoAntes da aplicação do creme fotoativado, a lesão deve ser preparada. Retira-se toda a crosta para que a substância possa penetrar e agir corretamente na região afetada.Etapa 2 – Aplicação do creme fotoativadoApós a preparação, o creme é aplicado pelo profissional e a área afetada é coberta com um curativo. O creme deve permanecer sobre a pele até pelo menos 3 horas antes da exposição à luz vermelha. Esse processo leva ao acúmulo seletivo de porfirinas fotoativas (pigmentos unidos a átomos de metais) no tecido neoplásico. Etapa Final – Exposição à luz vermelhaPassadas 3 horas, a exposição das porfirinas à luz vermelha por cerca de 8 minutos promove a morte seletiva das células tumorais. Esse contato com a luz propicia uma melhor penetração dérmica, o que permite o tratamento de lesões com profundidade de aproximadamente 2 mm abaixo da epiderme. Após a exposição, retira-se o creme delicadamente com uma loção de limpeza apropriada ou gaze umedecida em uma solução salina. O tecido saudável, por não acumular porfirinas, não é danificado.
Resultado A avaliação da resposta ao tratamento da terapia fotodinâmica é feita geralmente após 3 meses. As lesões que não responderam completamente ao procedimento podem ser tratadas novamente. Entretanto, pesquisas clínicas revelaram mais de 90% de resposta completa em carcinomas e queratose actínica.
Metvix
Princípio ativo Cloridrato de Aminolevulinato de Metila (160 mg)
Indicação Metvix é parte fundamental do tratamento da terapia fotodinâmica. O produto é encontrado na forma de creme e trata certos tipos de câncer de pele e lesões com risco de se tornarem câncer, agindo mais especificamente sobre o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e a queratose actínica.
Ação do medicamento Após a aplicação do produto na lesão, há um acúmulo de substâncias denominadas porfirinas, que agem dentro das células danificadas. Essas porfirinas, quando expostas à luz na presença de oxigênio, destroem todas as células da lesão.
Tratamento Antes da aplicação de Metvix, retira-se toda a crosta da lesão para que o produto possa penetrar e agir corretamente na região afetada. Após a preparação, o creme é aplicado e a área afetada é coberta com um curativo, devendo permanecer por 3 horas. Em seguida, a área é exposta a uma luz vermelha por cerca de 8 minutos. Esse contato com a luz gera oxigênio reativo, que danifica as membranas celulares, especialmente na mitocôndria, promovendo a morte seletiva das células tumorais. Finalizada a terapia, retira-se o creme cuidadosamente com uma loção de limpeza apropriada ou gaze umedecida em uma solução salina. O tecido saudável, por não acumular porfirinas, não é danificado. Aproximadamente 7 a 10 dias após a exposição à luz, a crosta irá cair. A pele cicatrizará 2 a 3 semanas após a exposição. Após três meses, a pele estará completamente normal.
Quando utilizar? Quando outros tratamentos não forem apropriados, como em manchas localizadas no meio do rosto ou nas orelhas, em pele danificada ou quando se trata de manchas grandes que voltaram a aparecer depois de tratadas.
Informações à imprensa
Hill & Knowlton Brasil
Daiane Leide/Taise Mattos
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