Turistas curtem a “2ª onda do dólar” e sentem no bolso as vantagens da valorização do real na hora de viajar para o exterior. Parcelamentos longos também atraem os turistas
A recente valorização do real também movimenta as operadoras e agências de turismo. Com a quebra da barreira dos R$ 2,00 e a moeda americana já tendo chegado à casa dos R$ 1,95 (embora o dólar turismo ainda esteja um pouco mais alto) as pessoas passaram a se interessar mais pelos horizontes externos. A agência Class Tour, que tem sede em São Paulo e reinaugurou sua filial em Campinas no início do mês, têm percebido uma procura mais acentuada por pacotes internacionais dos passageiros que não querem perder o bom momento do dólar. “Constatamos um aumento de 15% das vendas em relação ao mesmo período do ano passado na matriz de São Paulo; em Campinas as consultas já começaram a aumentar”, informa Constantino Karacostas, diretor comercial da Class Tour. Segundo ele, o momento não pode ser comparado à época em que o dólar equivalia o mesmo valor do real; contudo, os valores de R$ 1,94 ou 1,95 são um estímulo para as viagens, somado o fato dos parcelamentos longos.
Karacostas diz que o segmento de lazer é o mais afetado nesse momento. “O setor corporativo não é afetado diretamente, uma vez que os executivos não aumentarão seu fluxo de viagens em função da baixa da moeda”, aponta. Com a proximidade das férias de julho, o melhor exemplo é o destino Disneylândia, que foi um pouco esquecido pela classe média por um tempo e volta, agora, a ficar em alta. “Diversos passageiros já reservaram e pagaram suas viagens de férias”, conta o diretor.
Com relação à expectativa de aumento ainda maior no fluxo de passageiros, Karacostas comenta que o crescimento está praticamente no limite, uma vez que não há disponibilidade de lugares nos vôos, ou seja, há falta de aviões no mercado mundial e, em decorrência disso, as companhias aéreas não tem como atender a esta demanda crescente. “Para esse mercado crescer, existe a dependência da oferta de vôos. Atualmente, há uma séria restrição, pois todas as companhias aéreas estão com pedidos de novas aeronaves, que devem começar a chegar no início de 2008”, aponta.




