Todas cidades do Estado poderão realizar
campanha contra a doença em cães e gatos
A Secretaria de Estado da Saúde inicia nesta quarta-feira, 25d e julho, a distribuição de 6,5 milhões de vacinas contra raiva para todas cidades do Estado. Até 15 de agosto todas as prefeituras paulistas terão doses para iniciar campanhas de imunização em cães e gatos_ geralmente as campanhas ocorrem em agosto e setembro. Seringas, agulhas e cartazes também serão entregues pela pasta aos municípios. As cidades da região de Campinas receberão 721 mil doses.
A maior quantidade de vacinas está sendo enviada para a cidade de São Paulo_ 1,2 milhão de doses. O Estado de São Paulo chega agora em 2007 ao sexto ano seguido sem caso de raiva humana. O último registro da doença ocorreu em 2001, no município de Dracena, região de Presidente Prudente. A vítima, uma mulher, foi atacada por um gato que havia caçado um morcego infectado.
Em 2006 foram imunizados contra a raiva no Estado 4,8 milhões cães e 725.255 gatos. “É importante que, durante as campanhas de vacinação, a população também leve os gatos aos postos, não apenas cachorros Os felinos são mais predadores e estão mais sujeitos a morder um morcego contaminado”, afirma Neide Takaoka, diretora do Instituto Pasteur, órgão da Secretaria referência para todo o mundo em raiva.
A preocupação se justifica pela mudança no perfil epidemiológico da raiva em São Paulo. Até o final da década de 1990, os cães eram responsáveis pela transmissão da maioria dos casos em humanos, papel que passou a ser desempenhado pelos morcegos hematófogos (que se alimentam de sangue)_ os gatos atacam morcegos.
O Instituto Pasteur iniciou de forma coordenada a imunização contra a doença em 1975. Naquela época era preciso tomar cerca de 20 vacinas na barriga para ficar imune à doença depois de mordido por cão, gato ou morcego. Atualmente são necessárias cinco doses no braço. Essas vacinas são aplicadas em qualquer suspeita e buscam impedir a aparição da doença.
As doses em humanos são aplicadas em casos de pós-exposição (pessoas que tiveram qualquer tipo de acidente com mamíferos). Mas também estão disponíveis em casos de pré-exposição, para veterinários, funcionários de canis, laçadores de cães e ecoturistas. Nesse último caso, são aplicadas apenas três doses.