Doenças trombóticas arteriais e venosas, como síndromes coronárias agudas, derrames e doenças trombóticas venosas, matam milhares de pessoas anualmente no Brasil e no mundo. Só os infartos do miocárdio acometem todos os anos cerca de 125 mil brasileiros, segundo os dados do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo. Com o objetivo de desenvolver uma nova droga para o tratamento dessas moléstias, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed), estão desenvolvendo no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), estudo sobre as propriedades terapêuticas do veneno da serpente Jararaca (Bothrops leucurus).
A palestra com dados sobre a pesquisa será apresentada por Rodrigo Novaes Ferreira, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, durante a 18ª Reunião Anual dos Usuários do LNLS, que acontecerá entre os dias 18 e 19 de fevereiro no campus do Laboratório, em Campinas-SP.
O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e pelo próprio LNLS. Segundo Rodrigo Novaes Ferreira, os futuros remédios resultantes desse estudo deverão ser utilizados apenas em hospitais, especialmente para desobstruir artérias e veias obstruídas por coágulos sanguíneos. “Essas futuras drogas terão uma utilização muito específica e apenas profissionais especializados em hospitais poderão ministrá-las”, afirma Ferreira.
VENENO DA JARARACA
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