Em virtude de problemas nas indústrias internacionais que fabricam as matérias-primas para a produção dos medicamentos AZT e 3TC, que integram o coquetel anti-retroviral distribuido gratuitamente no Brasil, o Ministério da Saúde recomendou aos serviços de saúde, em caso de necessidade, a racionalização da distribuição desses medicamentos por meio do fracionamento.
A medida não significa que haja racionamento ou a falta do medicamento, pelo contrário, é uma medida de racionalização. Para manter os estoques estratégicos, o Brasil já acertou a importação do medicamento produzido por laboratórios indianos. Além disso, o Ministério da Saúde está acelerando as negociações com a China para a transferência de tecnologia na produção de matéria-prima dos medicamentos.
Com isso, além da produção atual do medicamento, a indústria brasileira vai poder produzir o insumo. O objetivo é garantir que, além de produção atual do medicamento, a indústria nacional possa fazer o insumo. O Brasil produz oito dos 17 medicamentos antiaids distribuídos aos pacientes em terapia anti-retroviral.
O consumo médio mensal de AZT + 3TC distribuídos pelo governo federal é de 6 milhões de cápsulas. O Programa Nacional de DST e Aids distribui remédios para cerca de 180 mil pessoas por ano, o que representou um gasto de R$ 800 milhões no ano passado – R$ 180 a mais do que em 2004.
O boletim epidemiológico de 2005 mostra que a mortalidade por aids mantém-se estável em 6,4 óbitos por 100 mil habitantes. Em relação a 1996, os números apontam redução na taxa até 2004, de 9,6 para 6,1 óbitos por 100 mil habitantes. Com relação a números absolutos de mortes, também há redução de 15.017, em 1996, para 10.895, em 2004.
Distribuição de AZT e 3TC é racionalizada
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