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sexta-feira, setembro 20, 2024

Campanha vacinará cerca de 15 milhões de crianças contra a poliomielite

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secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna, e o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Buss, abriram hoje (14/06) a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, às 8h, no Rio de Janeiro. Este ano, a meta da campanha contra a poliomielite é vacinar cerca de 15 milhões de crianças menores de cinco anos. Esse dado corresponde a 95% do total de crianças nessa faixa etária.

A solenidade foi realizada no posto de vacinação instalada na Fiocruz. O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que está reunido com ministros da Saúde do Mercosul, em Buenos Aires, na Argentina, chega ao Rio de Janeiro às 13h30. Do aeroporto, o ministro se desloca até a Fiocruz, onde reforçará a importância da vacinação contra a doença.

Com slogan “Tem que vacinar, não pode bobear”, a campanha tem investimento de R$ 11,7 milhões na compra de 28 milhões de doses da vacina contra a poliomielite e outros R$ 5,8 milhões repassados aos estados e municípios para operacionalizar a ação.

Para a realização desta etapa da campanha, estarão mobilizadas, em todo o país, mais de 200 mil pessoas, entre servidores e voluntários, em 70 mil postos de vacinação. O transporte será assegurado por embarcações, automóveis e aeronaves para áreas de difícil acesso.

As campanhas têm por objetivo garantir a manutenção da erradicação da poliomielite no Brasil. Por isso, é muito importante que os responsáveis pelos menores de cinco anos levem as crianças para que tomem as gotinhas que protegem contra a pólio.

A vacina contra a poliomielite é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única maneira de erradicar a doença em todo o mundo. Essa estratégia é fundamental para garantir a erradicação da doença porque o vírus da pólio ainda circula em países da África e da Ásia. Portanto, os pais e responsáveis por menores de cinco anos têm um compromisso muito importante: levar as crianças para tomar as gotinhas que protegem contra a poliomielite.

A segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite será realizada no dia 9 de agosto.

Pólio no mundo – Segundo dados da OMS, o panorama atual da doença aponta um total de 1.313 casos em 13 países no ano de 2007. São quatro países considerados pólio-endêmicos: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. Além desses, outros nove países tiveram casos confirmados de poliomielite importados: Angola, Camarões, Chad, República Democrática do Congo, Sudão, Myanmar, Niger, Somália e Nepal.

Em 2008, até 3 de junho, foram confirmados 522 casos de poliomielite no mundo, representando um aumento significativo quando comparado ao mesmo período de 2007 com registro de 190 casos.

Atualmente, ainda há risco de reintrodução do poliovírus selvagem no Brasil devido à importação de casos provenientes de países endêmicos.

PNI – O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde obteve conquistas importantes para a saúde brasileira em seus 35 anos de existência. Entre elas, a erradicação de doenças como a poliomielite e a varíola. Hoje, o PNI é um dos programas de saúde pública mais bem sucedidos do mundo.

Uma das primeiras vitórias do PNI aconteceu em 1975, quando o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de erradicação da varíola. Em 1980, o Ministério da Saúde iniciou as campanhas de vacinação contra a poliomielite, doença que atingia anualmente cerca de três mil pessoas. O último registro da pólio no Brasil ocorreu em 1989. Em 1994, a OMS concedeu ao Brasil o certificado de erradicação da doença.

Reconhecimento – De acordo com o consultor da área de imunizações da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) no Brasil, Brendan Flannery, o programa brasileiro de imunizações figura entre os melhores do mundo.
Alguns dos aspectos que garantem ao Brasil este status são: conquista do direito de acesso à vacina, o número e a qualidade de imunobiológicos oferecidos à população, as altas coberturas vacinais alcançadas, mesmo com as dimensões geográfica e demográfica do país, e o impacto do programa sobre as doenças imunopreveníveis.

A experiência brasileira rendeu ao ministério acordos internacionais de cooperação técnica que possibilitaram enviar equipes ao Timor Leste, ao Haiti e à Angola para colaborar nos programas de vacinação destes países. Com o Haiti, o Brasil, junto com o Canadá, firmou parceria para o aprimoramento do Programa Haitiano de Imunizações. Além disso, o governo brasileiro também apóia ações de vacinação nas fronteiras com os países vizinhos, como Paraguai, Bolívia e Argentina.

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