O saxofonista e flautista Derico, integrante do Sexteto do Jô, abrirá no dia 08 de julho, às 20h30, no Jockey Piano Bar (Praça Antonio Pompeu s/n, Centro, Campinas, SP), a programação do projeto Jam Sessions – Instrumental. Derico se unirá aos músicos Janice Bertazzoli (piano), Alexandre Cunha (bateria) e Bruno Coppini (baixo) para uma apresentação de jazz instrumental improvisada, sem arranjos ou ensaios. Os convites custam R$ 50,00 por pessoa, com isenção de taxa de estacionamento e uma taça de prosecco como cortesia.
O projeto Jam Sessions – Instrumental será realizado entre os meses de julho a setembro, às terças-feiras. Em cada edição será convidado um grande nome da música instrumental para interagir com os músicos da casa. Para o mês de julho estão confirmados o pianista Nelson Ayres, que já tocou com Milton Nascimento, Chico Buarque e Nana Caymmi, no dia 15; o violonista Ulisses Rocha, que acompanhou Gal Costa, Zé Renato, Roberto Carlos e Ronnie Von, no dia 22; e o acordeonista Toninho Ferragutti, parceiro de Elba Ramalho, Dominguinhos, Marisa Monte e Gilberto Gil, que encerra a programação mensal no dia 29.
Apresentação
Na apresentação de uma hora e meia de duração, os quatro músicos que nunca haviam tocado juntos improvisarão e descobrirão diferentes formas de executar uma mesma composição. “Tocar no Jockey Piano Bar será um páreo duro”, disse Derico com a irreverência que o tornou nacionalmente conhecido. Segundo ele, o fato de a jam session ser uma forma livre de expressão, sem compromisso com um resultado pré-determinado, não tira a responsabilidade dos músicos. “Um não conhece o estilo do outro e por isso todos precisam ficar ainda mais atentos”, afirmou.
Os músicos prometem surpreender o público com a dinâmica e o ineditismo da apresentação. “Podemos adiantar que o repertório será composto por clássicos do jazz, mas, as músicas serão conhecidas somente na hora”, explicou a pianista Janice Bertazzoli.
Jam session
Uma jam session é um ato musical no qual os músicos se reúnem para improvisar sem qualquer preparação, arranjo ou ensaio. A manifestação inicialmente realizada por artistas do jazz que se reuniam no final da noite tornou-se comum também em outros gêneros musicais como o rock e o choro e passou a ser realizado em bares e clubes, tendo como uma de suas principais características a informalidade perante o público.
Sua origem é controversa. Alguns acreditam que jam (geléia em inglês) é uma alusão à mistura de vários estilos. Para outros, trata-se de uma sigla para Jazz After Midnight, aquilo que os músicos fazem no final da noite, quando se juntam a outros músicos.
Derico
Ao lado do apresentador Jô Soares há 18 anos, inicialmente como integrante do Quarteto Jô Onze e Meia, que posteriormente foi transformado em Quinteto Onze e Meia e atualmente é o Sexteto do Jô, o músico João Frederico Sciotti, ou simplesmente Derico, iniciou sua carreira na música muito cedo.
Nascido em 17 de julho de 1966, em uma família de músicos – sua mãe é pianista e seu tio é o pianista Pedrinho Mattar – Derico começou a estudar flauta aos cinco anos de idade e aos 11 já era profissional.
A partir de 1974, ganhou projeção repercussão nacional e venceu vários concursos nacionais e internacionais para jovens instrumentistas. Os prêmios possibilitaram a participação em diversos recitais e concertos pelo Brasil. Nesta época, com 14 anos, foi spala (primeiro flautista) da Orquestra Jovem Municipal de São Paulo e participou do Festival de Inverno de Campos do Jordão em 1980, onde se apresentou regido pelo maestro Eleazar de Carvalho.
Em 1979, sem deixar a carreira erudita de lado, Derico partiu para os estudos em novos estilos musicais como jazz, blues, música instrumental (fusion) e música experimental (dodecafonismo e minimalismo) e começou a aprender novas linguagens e novos instrumentos como saxofone, piano, guitarra, contrabaixo, violão e bateria.
Alexandre Cunha
Baterista profissional há 21 anos, Alexandre Cunha trabalhou em diversos segmentos da música, acompanhando artistas, dando aulas e gravando seus CDs em estúdio. É diretor musical da Drumfeel, escola de música popular de Campinas e assina uma coluna na revista Moderdrummer Brasil e no website www.drummerszone.com.
De 1994 a 1997, morou na Alemanha e já tocou com músicos de todas as partes do mundo. Quando retornou ao Brasil juntou-se ao baterista Ramon Montanhaur, formando o Brazilian Duet.
Bruno Coppini
O baixista e arranjador Bruno Coppini integra o grupo musical que acompanha a cantora Luiza Possi e assina à direção musical de seus shows A vida é mesmo agora e Escuta. Fez parte da Big Band Canavial, inicialmente batizada de Big Band da Unicamp, e já tocou em diversas casas noturnas, como o Bourbon Street, em São Paulo.
Janice Bertazzoli
A pianista Janice Bertazzoli começou a carreira tocando música erudita no Conservatório Musical Campinas (fechado em 1995) e formou-se em 1991. Graduou-se em Música Popular em 1996. É integrante da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (piano e celesta) há três anos e integra também o Zíngaro Trio (piano, baixo acústico e bateria), o Zíngaro Quarteto Vocal (baixo elétrico, piano elétrico, bateria e voz), Zíngaro Quarteto Instrumental (piano, baixo acústico, bateria e saxofone) e Akústiko Trio (piano, baixo acústico e bateria). Participa como pianista dos CDs do Quinteto Alexandre Cunha, que tem participações de grandes nomes da música como o acordeonista Dominguinhos.
