De 21 de outubro a 1º de novembro, o SESC SP preparou uma maratona de atividades culturais para o público em 15 cidades da região, incluindo shows musicais com Fernanda Porto e espetáculos teatrais, exposições e dança
Promover a circulação de todas as linguagens artísticas: este é o objetivo do Circuito SESC de Artes 2008, que acontece a partir do dia 21 de outubro em 82 cidades do interior e litoral. Englobando artes visuais, cinema, dança, literatura, música e teatro, o projeto apresenta nove roteiros de atividades culturais. Na região de Campinas, 8 cidades –Campinas, Bragança Paulista, Itapira, Mogi Mirim, Americana, Mogi Guaçu, Jundiaí e Atibaia – recebem as trupes artísticas das mais diferentes manifestações de cultura, promovendo apresentações que vão até o dia 1º de novembro.
Todos os dias, as cidades do Circuito estruturam-se em uma incansável maratona cultural, difundindo as obras e espetáculos que permitirão ao público se integrar ao universo da produção artística, e por meio dela, descobrir novos modos de ver o mundo.
A cantora Fernanda Porto, dividindo o palco com a musicista Christianne Neves, se apresenta nas noites de 23, 24 e 25, nas cidades de Mogi Guaçu, Jundiaí e Atibaia. Durante o dia, as cidades recebem outras atrações do teatro e artes visuais, como o espetáculo “Primeira Edição: Espreme que sai sangue”, da Cia. Malarrumada de Teatro de Minas Gerais, o grupo de dança Bruno Beltrão (Grupo de Rua de Niterói), a galeria de arte volante “Risco”, que reúne 10 artistas, a mostra “Permanência no Olhar”, a sessão Curta na Praça, com a exibição de curtas-metragens e a exposição literária “Na Tábua”, de Paulo Scott, Fabio Zimbres e convidados.
Em Campinas, Bragança Paulista, Itapira, Mogi Mirim e Americana, o Circuito Sesc de Artes congrega a exibição do projeto “Curta na Praça”, show musical da Banda Mantiqueira, espetáculos teatrais “Silêncio Total – Vem chegando o Palhaço”, com o ator e diretor Luiz Carlos Vasconcelos, “O Asno”, do grupo Fora do Sério de São Paulo, apresentações de dança “Experimentações Inevitáveis + Antropofágicas” da Cia Nova Dança 4, de São Paulo, e a exposição “O Risco”, compondo o circuito de artes visuais junto com a “Arquitetura do Medo”, de André Gardenberg (Bahia) e “Permanência no Olhar” que terá a participação de quatro grafiteiros.
A exposição “Na Tábua” compõe o circuito da literatura, junto com a intervenção literária “O princípio do Avesso”, de Luiz de Toledo, de São Paulo.
RELEASES DOS ESPETÁCULOS
Música
FERNANDA PORTO – DUO
Fernanda Porto
Show do novo cd/dvd da cantora Fernanda Porto ao Vivo no formato Duo. Fernanda Porto divide o palco com a musicista Christianne Neves, onde alternam vários instrumentos durante a apresentação, acompanhadas das batidas eletrônicas – gênero que projetou Fernanda Porto no Brasil e no exterior. Cantora, compositora e multiinstrumentista, também se distingue pela personalidade na combinação das diversidades musicais. Sucessos como Só Tinha de Ser com Você (Tom Jobim/Aloysio de Oliveira), Tudo de Bom (Fernanda Porto/Lina de Albuquerque) e Sambassim (Fernanda Porto/Alba Carvalho) aparecem em novos arranjos. O show apresenta também canções inéditas e releituras de clássicos de Chico Buarque (Roda Viva) e Caetano Veloso (Sampa).
Voz, sax, guitarra, violões, teclado, tarol, bases eletrônicas, arranjos, composições: Fernanda Porto Teclados, percussão, cavaquinho: Christianne Neves. 90min.
Teatro
PRIMEIRA EDIÇÃO: ESPREME QUE SAI SANGUE
Cia. Malarrumada de Teatro
(Minas Gerais)
A peça faz um mergulho no mundo do sensacionalismo e da exploração da imprensa marrom. São três histórias curtas,que relatam crimes passionais e tragédias do cotidiano, numa linguagem teatral que mistura melodrama, teatro de rua e música ao vivo.
Criada em 2005 por atores do “Oficinão”, projeto do Grupo Galpão chamado Galpão Cine Horto, a Cia. Malarrumada de Teatro possui como característica a diversidade. Desde os componentes vindos de diversos cantos do Brasil e do Uruguai, quanto de sua pesquisa artística. O teatro de rua e o processo colaborativo são as bases da criação da Cia. Estes elementos proporcionam ao ator a possibilidade de participar mais ativamente da construção do espetáculo, propondo personagens, diálogos e situações. Tendo a rua como palco, a música como voz e a mala sempre arrumada, a Cia. está sempre pronta para uma viagem e para estreitar o vínculo entre o teatro e o público. 60min. Livre.
Direção: Chico Pelúcio e Lydia del Picchia Dramaturgia e coordenação: Bete Penido Texto: Julio Maciel Com: Germán Milich, Glauco Mattos, Gyuliana Duarte, Jimena Klempert, Juliana Martins, Layla Roiz, Leila Verçosa, Louisa Mari, Marcelo Oliveira, Barbara Amaral, Amina Valadares e Tereza Gontijo.
Pesquisa: Ana Domitila Direção musical e arranjos: Fernando Muzzi Técnico: Ronaldo Alves Contra-Regra: Anna Politchuk e Alejandro López
Dança
TOO LEGIT TO QUIT
Bruno Beltrão – Grupo de Rua de Niterói
(São Paulo)
O grupo fluminense mistura a dança contemporânea com o Hip Hop e nesta performance, diferentes estilos da dança de rua são apresentados como Locking, Popping, Footwork, Funk, New Jack Swing, sob trilha sonora que inclui MC Hammer (com música que dá título a apresentação) e Rock Steady Crew. Fundado em 1997 pelo coréografo Bruno Beltrão o Grupo de Rua de Niterói alia a vivência da dança de rua, as informações da cultura hip hop ao Charm, ao Funk. Bruno também incorporou à sua dança os ensinamentos acadêmicos adquiridos na universidade. Com isso o grupo amplia o processo de criação e estabelece um estilo, uma identidade que não se limita ao break dance. 25min. Livre.
Coreógrafo: Bruno Beltrão Pesquisa de movimento e interpretação: Eduardo Hermanson, Eduardo Reis, Ugo Alexandre Neves, Alexandre Lima e Luiz Carlos Gadelha.
Artes Visuais
RISCO
Vários artistas
Publicação cujo formato resgata a idéia de “galeria arte volante”. Em suas páginas circulam trabalhos de arte contemporânea de dez artistas ,entre eles Apo Fousek, Antonio Bokel, Sesper, Rita Wainer, Wagner Pinto, Onesto e Mulheres Barbadas, sem intervenção ou mediação da palavra. A imagem pela imagem, o traço pelo traço, o risco pelo risco. Curadoria José Aluísio Guimarães (Rojo São Paulo).
Cinema
CURTA NA PRAÇA
Vários
A sessão exibe dez curtas-metragens destacados pela audiência, através de votação realizada nas sessões do 19º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo de 2008. São cinco ficções, duas animações e três documentários que representam cinco estados do Brasil e trazem uma grande diversidade de temática, formatos e gêneros.
Os filmes são Animadores, de Alan Sieber – RJ, Blackout, de Daniel Rezende – SP, Café com Leite, de Daniel Ribeiro – SP, Dia de Visita, de André Luís da Cunha – DF, Dossiê Rê Bordosa, de Cesar Cabral – SP, Espalhadas pelo Ar, de Vera Egito – SP, O Som e o Resto, de André Lavaquial – RJ, Os Filmes que Não Fiz, de Gilberto Scarpa – MG, Os Sapatos de Aristeu, de René Guerra – SP e Prîara Jõ. Depois do ovo, a guerra, de Komoi Panará – PE. Livre
Literatura
NATÁBUA
Paulo Scott, Fabio Zimbres e convidados
Exposição de dez tábuas que aliam literatura e ilustrações. Criada pelo escritor Paulo Scott e pelo ilustrador Fabio Zimbres, a exposição itinerante ocupa do espaço público para divulgar a prosa, a poesia num diálogo com a imagem. Textos de Paulo Scott inspirados nas ilustrações dos artistas convidados (Jaca, Laerte, Allan Sieber, Caco Galhardo e Daniel Bueno) e desenhos de Fabio Zimbres ilustram textos dos autores convidados (Antonio Cicero, João Anzanello Carrascoza, Marçal Aquino, Joca Reiners Terron e João Paulo Cuenca).
BANDA MANTIQUEIRA
(São Paulo)
A Banda Mantiqueira doi criada por Nailor Azevedo, o Proveta, com a proposta de criar uma a big band para o aperfeiçoamento do instrumentista, pela necessária disciplina que essa formação impõe. Com influência das orquestras de Severino Araújo, Thad Jones, Count Basie e Duke Ellington, Proveta procurou uma forma de contato com a obra de compositores brasileiros e passou a escrever arranjos para estas composições, contando com a imprescindível colaboração do trompetista Walmir Gil e do violonista e contrabaixista Edson Alves. Os integrantes da banda trabalham em estúdios de gravação e fazem parte de importantes gravações além de participarem da formação das bandas que acompanham artistas nacionais e internacionais. O primeiro CD Aldeia – obteve indicação ao prêmio Grammy na categoria de Melhor Performance de Jazz Latino, em 1998. 90min. Livre.
Sax alto e clarinete: Nailor Azevedo (Proveta) Sax barítono, flauta e píccolo; Ubaldo Versolato Sax tenor e flauta: Cacá Malaquias Sax tenor, soprano e flauta: Vinicius Dorin Trombone de válvulas: François de Lima Trombone de vara: Valdir Ferreira Trompete e flugelhorn: Nahor Gomes, Walmir Gil e Odésio Jericó Guitarra elétrica: Jarbas Barbosa Contrabaixo elétrico: Edson Alves Bateria: Lelo Izar Percussão: Fred Prince e Guello
Teatro
PALHAÇO XUXU
(Paraíba)
O ator e diretor Luiz Carlos Vasconcelos é o palhaço Xuxu desde 1978. Durante estes 30 anos, o artista circense fez experimentações em suas apresentações de rua, improvisos que o faziam notar as preferências do público. Outras fontes de seu material cênico foram a experiência como aluno da Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro, onde aperfeiçoou as técnicas circenses de equilíbrio, monociclo, dentre outras, e a experiência musical, inicialmente com o violino, depois com o antigo fole alemão de oito baixos.
Xuxu é um palhaço que nos remete às memórias da infância, à magia do circo e aos primeiros atores de rua. 50 min. Livre.
Criação e interpretação: Luiz Carlos Vasconcelos Sonoplastia, iluminação e cenotecnia: Luis Carlos Moreira Coelho
O ASNO
Grupo Fora do sériO
(São Paulo)
O Asno é baseado na obra de Dario Fo (1926) e utiliza elementos da Commedia Dell’Arte, movimento italiano que surgiu no séc. XVI e utiliza máscaras e personagens fixos. Os mais conhecidos são Arlequim, Pierrô e Colombina. Neste espetáculo de rua Arlecchino vive uma aventura com seus amigos Razzulo e Scaracco e sua namorada, Franceschina. O Grupo Fora do sériO, fundado em 1988 e sediado em Ribeirão Preto desde 1991, utiliza em seus trabalhos diversos recursos do movimento de teatral popular como máscaras, acrobacias, dança, música, malabarismo e interação com o espectador.
Autoria: Dario Fo Tradução e Adaptação: Neyde Veneziano e Grupo Fora do sériO Direção: Míriam Fontana Com: Fabrício Papa, Míriam Fontana, Tânia Alonso, Larissa Medeiros, Luis de Toledo e Gabriel Galhardo Concepção Visual e Máscaras: Jair Correia
Dança
EXPERIMENTAÇÕES INEVITÁVEIS + ANTROPOFÁGICA
Estúdio Nova Dança 4
(São Paulo)
Inspirado no livro Atos: Movimento na Vida e no Palco de Marilena Ansaldi, o espetáculo entrelaça várias linguagens numa circulação de intensidades e sentidos, onde uma linguagem alimenta a outra, num jogo de estímulos.
O Estúdio Nova Dança foi criado em 1996 por Cristiane Paoli Quito (direção) e Tica Lemos (preparação corporal). Desde o início de sua trajetória, a companhia manteve como base de criação e materialização da obra a improvisação cênica. O treinamento e a preparação corporal é caracterizado pela interdisciplinaridade, utilizando o diálogo entre dança, teatro, música, palavra e performance, por meio da improvisação como linguagem cênica. O resultado é uma encenação em tempo real onde o espetáculo se constrói no “aqui-agora” das interações entre os bailarinos, músicos e atores e estes com o público. Sendo assim, a cada apresentação surge um espetáculo diferente, propondo uma criação viva e mutante. A companhia utiliza também edifícios e espaços urbanos como lugar de cena, articulando uma ruptura entre palco e platéia, na qual a definição de papéis não está nas delimitações do espaço, mas no “estado cênico”, propondo cumplicidade com o espectador. 45 min.
Direção geral: Cristiane Paoli Quito Assistência de direção: Maurício Paoli
Dramaturgia: Rubens Rewald Com: Alex Ratton Sanchez, Cláudio Faria, Cristiano Karnas, Diogo Granato, Erika Moura, Gisele Calazans, Lelena Anhaia, Lívia Seixas, Natalia Mallo, Tata Fernandes e Tica Lemos
Preparação corporal: Tica Lemos Figurino: Cia Nova Dança 4 IIuminação: Marisa Bentivegna Sonorização: Natalia Mallo
Artes Visuais
RISCO
Vários artistas
Publicação cujo formato resgata a idéia de “galeria arte volante”. Em suas páginas circulam trabalhos de arte contemporânea de dez artistas: Apo Fousek, Antonio Bokel, Bruno 9li, Sesper, Rita Wainer, Wagner Pinto, Lolo, Onesto e Mulheres Barbadas, sem intervenção ou mediação da palavra. A imagem pela imagem, o traço pelo traço, o risco pelo risco. Curadoria José Aluísio Guimarães (Rojo São Paulo).
Literatura
NATÁBUA
Paulo Scott, Fabio Zimbres e convidados
Exposição de dez tábuas que aliam literatura e ilustrações. Criada pelo escritor Paulo Scott e pelo ilustrador Fabio Zimbres, a exposição itinerante ocupa do espaço público para divulgar a prosa, a poesia num diálogo com a imagem. Textos de Paulo Scott inspirados nas ilustrações dos artistas convidados (Jaca, Laerte, Allan Sieber, Caco Galhardo e Daniel Bueno) e desenhos de Fabio Zimbres ilustram textos dos autores convidados (Antonio Cicero, João Anzanello Carrascoza, Marçal Aquino, Joca Reiners Terron e João Paulo Cuenca).
Intervenção literária
O PRÍNCIPIO DO AVESSO
Luis de Toledo
(São Paulo)
Nesta intervenção literária, o ator Luis de Toledo interpreta trechos da obra “Dom Casmurro”, do escritor carioca Machado de Assis (1839-1908). Este clássico da literatura brasileira nos traz a história de amor entre Bentinho e Capitu, desde a infância, até a dúvida de um suposto adultério. A leitura nos convida a percorrer por caminhos de incertezas de uma realidade ilusória e enganadora vivida por Bento, o narrador.
Texto: Machado de Assis Adaptação: Marici Salomão (Baseada na dissertação de mestrado da Profª Drª Maria Augusta Ribeiro) Direção: Zé Braz Com: Luis de Toledo
Cinema
CURTA NA PRAÇA
Vários
A sessão exibe dez curtas-metragens destacados pela audiência, através de votação realizada nas sessões do 19º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo de 2008. São cinco ficções, duas animações e três documentários que representam cinco estados do Brasil e trazem uma grande diversidade de temática, formatos e gêneros.
Os filmes são Animadores, de Alan Sieber – RJ, Blackout, de Daniel Rezende – SP, Café com Leite, de Daniel Ribeiro – SP, Dia de Visita, de André Luís da Cunha – DF, Dossiê Rê Bordosa, de Cesar Cabral – SP, Espalhadas pelo Ar, de Vera Egito – SP, O Som e o Resto, de André Lavaquial – RJ, Os Filmes que Não Fiz, de Gilberto Scarpa – MG, Os Sapatos de Aristeu, de René Guerra – SP e Prîara Jõ. Depois do ovo, a guerra, de Komoi Panará – PE. Livre.
Artes Visuais
PERMANÊNCIA NO OLHAR – ITINERÂNCIA
Vários artistas
Nascido da contradição contida entre o sentido de permanência e uma estética baseada na transformação, no dinamismo e mutabilidade, o projeto da mostra itinerante Lugares (in) comuns parte dos sentidos contraditórios presentes em uma palavra, “comum”, do latim commune, aquilo que pertence simultaneamente a mais que um; normal; trivial; vulgar; usual; feito em comunidade, do italiano commune, município, cidade. Trata-se de investigação sobre deslocamentos de olhares, conceitos e visões, materializados em perspectivas espaciais.
Em cada cidade os artistas desenvolverão no arco de uma jornada obras em graffiti pintadas em conjunto, a partir de questões sugeridas pelo conceito da mostra. A quebra da rotina, o deslocamento do olhar cotidiano, o movimento e a transitoriedade na convivência entre o homem e a cidade, a conquista poética do espaço público e comum, a valorização estética de linguagens artísticas tipicamente urbanas como o graffiti, o stencil e colagens e assemblages, a negação de lugares-comuns que associam o graffiti ao vandalismo e à feiúra, num processo de reapropriação e valorização estética de espaços públicos, lugares comuns, esquecidos, abandonados e degradados.
Participação de seis artistas: os grafiteiros Paulo Ito, Rodrigo Yokota “Whip”, Thais Ueda “Hana-Bi” e Walter Nomura “Tinho”