A população pôde fazer o teste na praça para diagnosticar a doença
Na quarta-feira, dia 19, o Dia Mundial de Combate à DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) foi lembrado com uma campanha de conscientização no Largo do Rosário. Foi instalada uma escada de 4 metros de altura para representar uma das dificuldades dos portadores da doença.
A DPOC é a nova nomenclatura para classificar a bronquite crônica e a enfisema pulmonar, que podem se manifestar juntas ou separadamente. De acordo com o Consenso Brasileiro de DPOC, a doença atinge atualmente cerca de 5,5 milhões de pessoas no país. Segundo a Datasus (Departamento de Informática do SUS), no Brasil ocorrem cerca de 39 mil mortes por DPOC por ano, o que equivale a 110 óbitos por dia ou uma morte a cada 12 minutos.
O evento é organizado pelas Sociedades Brasileira e Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SBPT e SPPT), pela Associação Brasileira de Portadores de DPOC. Vários estados brasileiros já adotaram um protocolo clínico para o tratamento da doença, com diretrizes que possibilitam aos pacientes o acesso a medicamentos de última geração, como por exemplo, o brometo de tiotrópio, broncodilatador de uso diário, para o controle da DPOC.
Em Campinas, dos 250 exames realizados durante o evento 194 apresentaram algum nível da doença, isso representa 77%, um número alto. A doença pode ser causada por poeiras orgânicas, fogão à lenha, telhas de amianto, dentre outros, mas em 95% dos casos está associada ao cigarro, afirma o médico Paulo Roberto, clínico geral.
A fase inicial da doença se apresenta após um ou dois anos de tabagismo, nem sempre com sintomas, logo, quando descoberta, a doença já está num estágio intermediário.
O diagnóstico é feito a partir dos sintomas específicos, que são: tosse, falta de ar e secreção pulmonar, todos eles com freqüência e também através da espirometria que é capaz de detectar alterações em fase inicial. A partir dos 40 anos o risco também é maior.
O tratamento se inicia com a conscientizarão da pessoa para parar de fumar (com medicação ou não) e depois o tratamento específico com medicamentos. Vale lembrar que o SUS garante tratamento completo para a DPOC.
“O clínico geral está habilitado para tratar a doença, mas quando em estágio avançada o paciente deve ser acompanhado por um pneumologista”, informa Dr. Paulo Roberto.
Francisco Lima Neto




