Responsáveis pelos empreendimentos alegam falta de verba para concluir projeto
Localizada a Rua Nazário Basílio de Almeida, em Sousas, subdistrito de Campinas, há uma construção de propriedade da Casa da Criança de Sousas que está abandonada. Ao lado, há uma pista de bocha, também abandonada, esta pertencente à Associação de Moradores do Bairro Santana.
Após denúncias de moradores da região, a reportagem do Jornal Local esteve nas construções. Segundo os moradores, já faz seis anos que os terrenos estão neste estado.
O local está fechado com uma cerca de arame e o mato já tomou conta. A nossa reportagem encontrou um buraco na cerca que levava ao interior dos estabelecimentos. Ali pode-ser ver as consequências do abandono.
As portas da creche estão lacradas com uma parede de tijolos e as janelas com grades, porém, os vidros das janelas estão quebrados e por entre a grade pode-se ver que há, no interior da casa, pichações de gangues e até mesmo um símbolo do nazismo. Há uma parte do telhado faltando e no chão encontram-se seringas, preservativos usados, colheres, restos de comida, latas de refrigerante e cerveja.
O mesmo se repete na construção ao lado, uma pista de bocha que seria destinada ao lazer dos moradores de Sousas.
Segundo o Presidente da Casa da Criança de Sousas, Marco Caporali, o terreno em questão foi doado pela Prefeitura de Campinas e existe um projeto para construção de uma nova creche para aumentar a capacidade da Casa da Criança de receber crianças.
“O projeto já existe. A maquete está pronta. Mas não temos recursos para dar continuidade as obras”, diz Marco.
Entre 2001 e 2002, foi construída a casa que existe no terreno. Sabendo que usuários de drogas estavam frequentando o local, a Casa da Criança fechou a cerca e fez diversas tentativas de fechar as portas: primeiramente colocou cadeados, depois soldou as portas e por fim, construíram uma parede de tijolos e colocaram grades, para impedir que pessoas continuassem a invadir o local.
O problema não foi resolvido, pois ainda há resquícios de que pessoas continuam usando o lugar para o consumo de drogas. A Casa da Criança juntamente com a subprefeitura de Sousas está tentando encontrar soluções para a questão. A proposta que está sendo estudada é construir uma edícula no local e deixar um caseiro vivendo ali. “É a solução mais viável que encontramos, mas não é garantida. É preciso estudar o caso”, diz Ângela Caporali, diretora da Casa da Criança.
Juliana Furtado