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domingo, dezembro 22, 2024

A CRISE E O NOVO HOMEM BRASILEIRO

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Abruptamente apareceu no cenário mundial uma crise aparentemente sem precedente. Inicialmente pontual e local se projetou aceleradamente pelo cosmo. Começou com a bolha imobiliária se estendeu pelo sistema financeiro, retendo o credito e logicamente o consumo, gerando desemprego em massa.

A tragédia econômica criou uma solidariedade circunstancial e um vinculo de soluções conjuntas adotadas pelas nações envolvidas. O fundo do poço já foi atingido e os efeitos permissivos começam a se esgotarem. Para nós esta crise que apareceu abruptamente também desaparecerá abruptamente. Suas causas sistemáticas estão sendo combatidas firmemente. Reposição de credito parece uma questão de tempo. A crise bancária está sendo freada com recursos satisfatória.

Com o tempo esta crise ampla começa a restringir. Seus impactos iniciais fortes foram diagnosticados e com posologia certeira depende agora de tempo curto para ser restabelecido. A preocupação momentânea é dos efeitos psicológicos da crise. Este realmente existe e tem o poder potencial de reter a produção acredito eu periodicamente. Somos crentes se não fosse a crise o nosso Brasil entraria num período virtuoso de desenvolvimento chinês. A migração de vinte milhões de brasileiros para classe “C” é um produto do novo homem brasileiro e não efeito exclusivo de metodologia econômica. O brasileiro começou a esticar os passos e ampliar os horizontes. Seu interior em ebulição gerou em sua volta uma onda alta de aprimoramento pessoal.

O conformismo e o provincianismo cederam para sonhos íntimos conjugados com o enfrentamento com realidade cotidiana.

Nascem no novo homem brasileiro sonhos que locomove obstáculo e permanece no individuo até sua realização total. A vida do novo homem brasileiro virou um desafio e os resultados começaram aparecerem. As utopias individualistas criaram um sistema de vencedores, pois só a fantasia jogada no real tem o poder de dar sobressaltos e não exclusivamente saltos. A economia acadêmica facilita a caminhada, mas quem caminha é o homem. Pavimenta a estrada, mas quem determina a velocidade é o individuo.

Delineado dentro do novo homem brasileiro há um invólucro contido, porém excessivamente mais amplo do que antigamente. Os limites das utopias ampliaram assustadoramente e os saltos são agora olímpicos. Antigamente tínhamos um individuo cercado pela rotina, retido pelo conformismo e construtor de pessimismo. Esta sensação de felicidade gera um homem bem mais produtivo e ambicioso. Cabe ao governo explorar todo potencial individual e elevar ao limite transformando em êxitos generosos. A crise tem peso modesto, porém perturbador, mas não pode conter os vôos de nossos indivíduos isoladamente. Tem preocupações empíricas, mas não podemos maximizar seus efeitos.

Os sonhos isolados fizeram vinte milhões de brasileiro migrar para classe “C”. E você leitor daqui a dez anos onde estará? Acredito que colocará os seus sonhos na Xerox e daqui a este tempo terá um atestado confirmatório da realidade sonhada. E a crise irá para o baú para estudos de nós economistas autodidata.

JUAREZ ALVARENGA

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