De Olho no Crime

Campinas não possui câmeras de vídeo monitorando ruas ou avenidas, praças e outras áreas públicas. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública em fevereiro de 2005.
Apontam Hortolândia, Sumaré e Campinas com o maior índice de mortes por assassinato do interior do Estado de São Paulo.
Curiosamente essas três cidades não possuem sistema de segurança por câmeras.
Cidades como Vinhedo, Valinhos Araras, Bragança Paulista, Campo Limpo Paulista e tantas outras não esperaram a violência urbana nem que os crimes atingissem um patamar elevado e trataram de instalar os equipamentos, que garantiu uma presença discreta na lista de cidades violentas.
As câmeras de vídeo estão por toda parte; escolas, lojas restaurantes, supermercados, estacionamentos, túneis, elevadores e, em lugares que nem percebemos.
Elas têm contribuído para coibir assaltos, furtos, atos de vandalismo,e também contribuem para elucidar vários crimes, pois suas imagens podem ficar armazenadas por vários meses, auxiliando, assim, as investigações.
A cidade de São Paulo possui mais de 150 000 câmeras espalhadas pela área urbana . Pelo menos 30 mil em imóveis com circuito interno.
No Reino Unido são 2,5 milhões de câmeras que observam a população em vias públicas.Só na capital britânica são 150 mil olhos eletrônicos.
Um cidadão comum que passeia pelas ruas de Santos é filmado 500 vezes por semana.
O uso das câmeras é contestado por algumas pessoas que consideram estar tendo sua privacidade invadida. Não sei no quê, pois as câmeras vigiam apenas as vias públicas. Basta que se estabeleçam critérios para a instalação dos equipamentos como fez o governo do Mato Grosso do Sul, sancionando a lei que normatiza a instalação de câmeras em locais públicos, de livre acesso e estabelecendo multa para casos de descumprimento.
No Cambuí, no ano de 2003, durante 9 meses tivemos 12 câmeras instaladas em pontos estratégicos do bairro, sendo que duas delas na Praça Imprensa Fluminense, e foram retiradas, devido a não autorização, pelo então Secretário de Cultura, Valter Pomar.
O CONSEG Cambuí tem 3 câmeras e todo o equipamento necessário para que elas funcionem, porém, alguns obstáculos ainda impedem que esse objetivo seja atingido.
Fica a pergunta: a quem interessa que câmeras não sejam instaladas em Campinas?