A história é um processo contínuo e evolutivo. Nunca se viu tantas mudanças em todos os setores da sociedade como nesta ultima década. Vários ciclos se fecharam e novos retumbantes ciclos se abrem modificando substancialmente o comportamento social.
Entre eles se destaca o novo perfil do trabalhador moderno. Existe sem duvida nenhuma uma geração perdida esta acima dos cinqüenta anos. Caberá a esta geração sobreviver restritivamente aos pouquíssimos conhecimentos absorvidos. Mas vislumbro no horizonte uma geração que terá mais facilidades de sobreviver e viver independentemente, pois estão assimilando mais conhecimento.
No mundo moderno está começando torna-se visível que nosso trabalhador passará mais tempo estudando do que executando. Treinará bem mais e executará bem menos. Não chegando ao exagero como eu que passo cento oitenta minutos executando o que treinei, noventa minutos nas reuniões e noventa minutos vendo o meu Cruzeiro jogar, cabendo ao restante do tempo mim aprimorando profundamente. O mundo caminha para isto e se confirmar será extremamente benéfico para a humanidade.
A migração massificada para o conhecimento elevará aos poucos que permanecerem ao mundo da execução maiores salários, devido à manutenção da demanda e a substancial diminuição dos prestadores de serviços. E como é natural aos mentores intelectuais os salários são bem maiores. A humanidade como todo será extremamente beneficiada neste sentido. Este processo que já começou tende acelerar enriquecendo a produção e massificando o conforto material humano. O que preocupa é o desvio para sobreviver passará a humanidade preocupar mais a viver e isto tornará o homem mais propenso aos distúrbios psicológicos.
Estas transformações profundas ainda estão submersas, mas o dinamismo no fundo é grandioso. Como diz Marx: “que o meio de produção condiciona a maneira de pensar e sentir da humanidade”. Esta generalizando e aperfeiçoada fará surgir a abundancia e o supérfluo. O homem abstrato é de uma preocupação excessiva. Só os que têm o mínimo necessário preocupam com o supérfluo. E todos tendo o supérfluo será a humanidade vitima do próprio sucesso como acontece nos Estados Unidos. Lá os problemas vivenciais são profundos e abundantes bem maiores que na África.
Este processo parece inevitável da evolução material da humanidade, mas temo que a humanidade caia no divã.
Eu já mim preparei dando sentido vivencial aos momentos de encontro comigo mesmo. Meu isolamento não é problema é uma identificação de aprimoramento existencial.
Os momentos cada vez mais de ócio são de brincar comigo mesmo, vislumbro para maioria da humanidade seja de terrorismo individual.
Essas mudanças contemporânea de facilidade de sobreviver poderá ser uma correnteza que nos levara para o fundo de nossos tormentos individuais. O negócio é assimilar as mudanças mantendo vivo o prazer pela vida.
Sobreviver aos nossos confrontos íntimos será o grande problema do mundo moderno. Esta facilidade de aproximar de nós mesmo derivado da amplitude do ócio, acarretado pela diminuição substancial da luta para sobreviver terá se ser trabalhada com delicadeza e profundidade.
JUAREZ ALVARENGA