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quinta-feira, novembro 13, 2025
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Brasil garante superávit com apoio da China e perde espaço nos EUA

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Soja brasileira cresce 31% no mercado chinês e compensa queda de 18,5% nas exportações para os EUA; diplomacia de Lula com Xi Jinping fortalece posição do Brasil no agronegócio

Por Sandra Venancio – Foto Ricardo Stuckert

A relação estratégica entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping tem se traduzido em resultados concretos para a economia brasileira, especialmente no agronegócio. Em agosto, a China ampliou em 31% suas compras de soja brasileira em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo revelou o jornal O Estado de S.Paulo. O movimento foi decisivo para sustentar a balança comercial diante da queda de 18,5% nas exportações para os Estados Unidos, resultado direto do tarifaço de 50% imposto por Washington.

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O avanço nas exportações para Pequim reforça o papel da cooperação Brasil-China como alternativa sólida em meio às disputas comerciais globais, além de destacar a importância do alinhamento político e diplomático entre Lula e Xi. A parceria garante ao Brasil posição estratégica como fornecedor confiável de alimentos, em um momento em que a segunda maior economia do mundo busca diversificar suas fontes de suprimento.

Além da soja, o comércio brasileiro também foi impulsionado pelo aumento de 40,4% nas exportações para a Argentina, puxadas pelo setor automotivo. O desempenho conjunto assegurou um superávit 3,9% maior na balança de agosto em relação a 2024, sinal de que a diplomacia ativa e pragmática tem impacto direto nos resultados econômicos.

https://twitter.com/guimaraes13PT/status/1964028786451595510

O jornal chinês Global Times destacou que agricultores norte-americanos estão “perdendo bilhões de dólares em vendas de soja para a China, justamente no auge da temporada de comercialização”, reflexo das tarifas impostas por Washington e da decisão chinesa de buscar fornecedores alternativos, sobretudo Brasil e Argentina. Durante décadas, cerca de metade da soja produzida nos EUA tinha como destino o mercado chinês — hoje, produtores enfrentam dificuldades inéditas para escoar sua safra.

Para Pequim, priorizar o Brasil é também uma forma de reforçar sua segurança alimentar diante da instabilidade política e econômica norte-americana. Para o Brasil, o movimento consolida o país como elo fundamental no abastecimento chinês e reposiciona o agronegócio nacional no centro da geopolítica do comércio mundial.

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