Dados atualizados pelo Ministério da Saúde e divulgados nos últimos dias apontam que, de julho de 2018 a 7 de fevereiro de 2019, foram notificados 834 casos de Febre Amarela no país, com 37 já confirmados e mais 118 ainda sendo investigados – o restante já foi descartado. Dos casos confirmados, 35 foram em São Paulo: a maioria na região do Vale do Ribeira, que fica no litoral Sul do estado, próximo à divisa com o Paraná. Ainda de acordo com a pasta, 8 pessoas morreram.
Transmitida pela picada de mosquitos dos gêneros Haemagogus ou Sabethes infectados com o vírus, a Febre Amarela, se não tratada rapidamente, pode levar à morte em cerca de uma semana. Por isso, vale ficar atento aos sinais que a doença provoca, que podem ser calafrios, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Para casos mais graves, os sinais mais frequentes são febre alta, icterícia e hemorragia.
O Biólogo Horácio Teles, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), lembra que, apesar de algumas contraindicações, o principal meio de prevenção da doença é a vacina. “O mais rápido possível, pelo menos nas áreas com o registro de epizootias e onde a circulação do vírus já está confirmada”, diz. Vale lembrar que, desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema de dose única, por recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Apesar dos estados do Sul e Sudeste já fazerem parte da área de recomendação para a vacina, todos os estados ainda registram coberturas abaixo da meta de 95%. “Quem já foi vacinado com a dose padrão uma única vez na vida não precisa se vacinar novamente. No entanto, a certeza da imunização depende da disponibilidade do registro na carteira de vacinação. Em caso de inexistência, é recomendável ir a um posto e tomar a vacina”, conclui o membro do CRBio-01.