A Fenaban apresentou na quarta-feira (5), trigésimo dia da greve nacional, nova proposta para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que será votada em assembleia no fim da tarde desta quinta-feira (6) pela categoria. A tendência e o comentários nos bastidores é que a proposta deve ser aceita, terminando a greve.
Finalizada na sexta rodada de negociação durante a greve, a proposta prevê reajuste salarial de 8% (incluindo a PLR); reajuste de 15% no vale alimentação; reajuste de 10% no vale refeição e auxílio creche/babá; abono de R$ 3.500,00; licença paternidade de 20 dias; criação do Centro de realocação e requalificação (emprego) e acordo com validade de dois anos (2016-2018). Em 2017, reposição da inflação (INPC) mais 1% de aumento real sobre os salários e verbas. Quanto aos dias parados, não serão descontados e nem compensados.
Diante desse novo quadro, os sindicatos de todo o Brasil se reunirão às 18h para discutir e votar a proposta da Fenaban. Para a presidente do Sindicato de Campinas e Região, Stela, “o momento é de decisão. Todos devem participar e definir os rumos da Campanha Nacional”.
Histórico da negociação
A Fenaban apresentou sua primeira proposta econômica na quarta rodada de negociação, realizada no dia 29 de agosto; a pauta foi entregue no dia 9 do mesmo mês. O Comando Nacional rejeitou a proposta, que previa reajuste de 6,5% e abono de R$ 3 mil. Reunidos em assembleia no dia 1º de setembro, os bancários também rejeitaram a proposta e aprovaram deflagração de greve a partir do dia 6.
No terceiro dia da greve (9), a Fenaban reabriu o processo de negociação. Porém, não mudou muito a proposta: reajuste de 7% e abono de R$ 3.300,00. Novamente, a categoria rejeitou a proposta, em assembleia no dia 12. Nos dias 13 e 15, a Fenaban e o Comando retomaram as negociações. Sem avanços. Nos dias 27 e 28, a Fenaban propôs reajuste de 7%, abono de R$ 3.500,00, acordo de dois anos e, em 2017, reposição da inflação mais 0,5% de aumento real. O Comando rejeitou a proposta na mesa.