Ministério da Saúde apresentou os impactos do programa na assistência à população em seminário com gestores da região paulista de Campinas, contou com a presença do Deputado Federal Renato Simões, do secretário de Saúde da cidade Carmino Antonio de Souza, o Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Paulo Mariantem o Vereador Tourinho, entre outros. Em menos de um ano, a iniciativa ampliou em 2.187 o número de médicos no estado de São Paulo, beneficiando 7,5 milhões de pessoas.
Em menos de um ano, o Programa Mais Médicos já impacta na assistência à população dos municípios da região paulista de Campinas. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde nas 64 cidades da região que participam do programa aponta significativo aumento no número de consultas para atendimento de diabéticos, doença que exige acompanhamento regular na Atenção Básica. Em janeiro de 2014, foram contabilizados 6.913 encaminhamentos na região, contra 5.290 no mesmo período do ano anterior, quando a população ainda não contava com o reforço dos profissionais do Mais Médicos.
Por meio do Programa, o estado de São Paulo ampliou em 2.187 o número de médicos atuando na atenção básica de 345 municípios. O Ministério da Saúde atendeu 100% da demanda por médicos apontada pelos municípios e superou a meta inicialmente estabelecida. Atualmente, o Mais Médicos garante assistência médica nas unidades básicas de saúde para mais de 7,5 milhões de paulistas.
Os impactos do Programa no estado foram apresentados pelo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, na sexta-feira (13), em Campinas, durante o Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros. O evento reuniu prefeitos e secretários de saúde dos municípios de 64 municípios próximos a Campinas.
Esse foi um dos vários seminários que estão sendo realizados pelo governo federal em todo país para debater com gestores públicos os primeiros impactos do Mais Médicos na assistência da população que vive nas cidades beneficiadas pela iniciativa. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde em mais de dois mil municípios que contam com pelo menos um médico do Programa servirão de base para essa discussão. São dados dos sistemas de acompanhamento da atenção básica (Siab e eSUS), alimentados pelas secretarias de saúde de todo o país.
MAIS ASSISTÊNCIA – Além de aumentar o número de atendimentos a pessoas com diabetes, o Mais Médicos também promoveu o aumento dos atendimentos de pré-natal em 23,4% – passaram de 3.652 em janeiro de 2013, para 4.505 em janeiro deste ano. Também cresceu o atendimento de pacientes hipertensos, que aumentou em 17,9% no mesmo período (de 11.405 para 13.446).
No estado de São Paulo, além do crescimento de 5,7% nos agendamentos de consultas (304.094 para 321.346), observou-se aumento de 15,1%, na quantidade de atendimentos em saúde mental (passaram de 16.737 para 19.262, no mesmo período), de 12,9% no atendimento a pacientes com diabetes (71.116 para 80.305). Também foi registrada redução de 70% na quantidade de encaminhamentos para hospitais, que passou de 1.893 encaminhamentos em janeiro de 2013, para apenas 568 em janeiro deste ano.
Em todo o país, o número geral de consultas realizadas na Atenção Básica cresceu quase 35% no mesmo período – foram 5.972.908 em janeiro de 2014 contra 4.428.112 em janeiro de 2013. Entre esses atendimentos, teve destaque o de pessoas com diabetes, que aumentou cerca de 45% – passou de 587.535, em janeiro de 2013, para 849.751 em janeiro de 2014. Os atendimentos de pacientes com hipertensão arterial aumentaram em 5% no mesmo período, e as consultas de pré-natal, em 11%. O encaminhamento a hospitais diminuiu em 20%, passando de 20.170 para 15.969.
O governo federal já superou a meta de levar médicos para os municípios de todo o país que aderiram ao Programa Mais Médicos. Atualmente mais de 14 mil profissionais atuam em cerca de 4 mil cidades. A maioria (75%) dos médicos está em regiões de grande vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.
MAIS MÉDICOS – Lançado em julho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.
Os profissionais do programa cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores e supervisores. Para participar da iniciativa, eles recebem bolsa formação de R$ 10,4 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos participantes.
Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o Mais Médicos prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil. Até 2018, serão criadas 11,4 mil novas vagas de graduação em medicina e mais de 12 mil novas vagas de residência médica.