Decisão permite encontros individuais e curtos na Superintendência da Polícia Federal, enquanto o STF mantém atenção ao quadro clínico do ex-presidente
O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro realizem visitas controladas na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde ele cumpre prisão preventiva. A liberação ocorre após a defesa complementar informações consideradas obrigatórias para o cadastramento dos familiares.
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A nova determinação estabelece que Carlos Bolsonaro e Flávio Bolsonaro poderão visitar o pai na terça-feira (25), em horários separados, com limite de permanência de 30 minutos para cada encontro. O mesmo procedimento se aplica a Jair Renan, cuja visita foi autorizada para quinta-feira (27). As regras seguem o protocolo padrão para presos sob custódia da PF, que prevê controle rigoroso de acesso, horários definidos e registro prévio de todos os visitantes.

A decisão também reforça cuidados relacionados à saúde de Bolsonaro, tema que tem sido pauta constante da defesa desde a conversão da prisão domiciliar para prisão preventiva. Moraes determinou que, em qualquer situação de urgência médica, o atendimento deve ser acionado imediatamente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), apontado pelo ministro como o meio “mais rápido e seguro” para remoção e assistência emergencial.
O despacho destaca ainda que Bolsonaro continua recebendo medicação conforme prescrição da médica responsável por seu acompanhamento no processo. A equipe autorizada a avaliar o ex-presidente poderá ser comunicada sobre sintomas ou alterações no estado clínico, desde que com prévia identificação e registro nos autos.
A autorização para a família ocorre em meio à rotina de custódia iniciada no fim de semana, após a prisão preventiva decretada sob justificativa de risco de fuga e descumprimento de medidas cautelares. No domingo, Moraes já havia autorizado a visita de Michelle Bolsonaro, primeira a ter entrada liberada no local.
Caso queira, preparo também uma matéria complementar sobre o impacto político imediato dessas visitas controladas no entorno do Partido liberal (PL) e entre aliados próximos ao ex-presidente.




