Campinas (SP) — A decisão da Prefeitura de Campinas de cercar o Centro de Convivência, no bairro Cambuí, com impressionantes 295 metros de grades causou indignação e revolta entre moradores e frequentadores do local.
A medida, considerada autoritária e desrespeitosa, gerou uma ação popular apresentada ao Tribunal de Justiça de São Paulo na última quarta-feira (2), com o objetivo de reverter essa barreira que ameaça o espaço público e a liberdade da população.
Moradores denunciam que a instalação das grades transforma um local de lazer e encontro em uma espécie de prisão a céu aberto, limitando o acesso e afastando as famílias e jovens que antes desfrutavam do espaço com segurança.
A ação popular aponta para o descaso da administração municipal, que não teria dialogado com a comunidade antes de impor a cerca, levantando suspeitas sobre os reais motivos por trás da decisão.
Especialistas em direito público alertam que a medida pode ser ilegal e que a justiça pode suspender a instalação das grades, caso entenda que o direito ao uso do espaço coletivo está sendo violado.
O episódio expõe o conflito crescente entre poder público e sociedade civil na gestão dos espaços urbanos em Campinas.