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Preso décimo suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz

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Homem foi detido no Grajaú, Zona Sul de São Paulo; polícia confirma ligação do crime com o PCC e mantém buscas por dois foragidos

Por Sandra Venancio

São Paulo (SP) — A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (3) o décimo suspeito de participação no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros em setembro na Baixada Santista. A prisão foi feita por agentes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) no bairro do Grajaú, Zona Sul da capital paulista.

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Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o homem detido possui antecedentes criminais por receptação, porte ilegal de arma de fogo e furto. No momento da prisão, os policiais apreenderam uma pistola calibre 380. O nome do suspeito não foi divulgado oficialmente.

O nome do suspeito não foi divulgado oficialmente. Foto Divulgação

Em nota, a SSP informou que dez pessoas já foram presas, duas permanecem foragidas e uma morreu durante confronto com a polícia. As investigações seguem em andamento para esclarecer o papel de cada envolvido e a motivação do crime.

A polícia confirmou que o homicídio tem ligação direta com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ruy Ferraz, que dedicou mais de 40 anos à Polícia Civil, ficou conhecido por sua atuação firme no combate ao crime organizado e por chefiar operações que desarticularam importantes ramificações da facção.

Ferraz se aposentou em 2023 e, desde então, trabalhava como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, no litoral paulista. Segundo investigadores, ele continuava recebendo ameaças de morte após deixar a corporação.

De acordo com relatório de 2024 revelado pelo programa Fantástico, havia planos de atentado do PCC contra autoridades de segurança pública, entre elas o ex-delegado.

Confira abaixo os demais presos até agora:

  • Willian Silva Marques: dono da casa em Praia Grande de onde teria saído um fuzil que pode ter sido usado no crime, preso na madrugada de 21 de setembro;
  • Dahesly Oliveira Pires: foi presa em 18 de setembro por suspeita de ser a mulher que foi buscar o fuzil na Baixada Santista;
  • Luiz Henrique Santos Batista: conhecido como Fofão, está envolvido, segundo a polícia, na logística da morte do ex-delegado. Ele teria dado carona para que um dos criminosos fugisse da cena do crime e foi preso em 19 de setembro.
  • Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar): Ele se entregou à polícia em 20 de setembro, em São Vicente (SP).
  • Felipe Avelino da Silva: conhecido no PCC como Mascherano, teve o DNA encontrado em um dos carros usados no crime; preso em Cotia em 6 de outubro.
  • Danilo Pereira Pena: aos 36 anos, é conhecido como Matemático. Ele que teria mandado Luiz Henrique Santos Batista levar Jaguar de São Vicente a São Paulo.
  • Cristiano Alves da Silva (Cris Brow): tem 36 anos
  • José Nilton, de 47 anos: acusado de ser um dos atiradores. Foi visto numa das casas que serviu de logística para o assassinato, na noite do crime.
  • Paulo Henrique Caetano Sales (PH): tem 38 anos e é proprietário de uma das quatro casas de Praia Grande utilizadas pelos criminosos que executaram Ruy Ferraz, segundo o DHPP.
  • Outras duas pessoas foram identificadas e estão foragidas:
  • Flávio Henrique Ferreira de Souza: teve o DNA encontrado em um dos carros;
  • Luis Antonio Rodrigues de Miranda: é procurado por suspeita de ter ordenado que uma mulher fosse buscar um dos fuzis usados no crime.
  • Já Umberto Alberto Gomes era procurado após a corporação encontrar digitais em uma casa que teria sido usada pelos criminosos em Mongaguá, e morreu em confronto com equipes da Polícia Civil do Paraná em 30 de setembro.

Ruy foi executado em 15 de setembro, após sair do trabalho na prefeitura. Ele foi alvejado com pelo menos 12 disparos de fuzil, em uma emboscada que, segundo a polícia, foi planejada por integrantes do crime organizado.

Embora a principal linha de investigação aponte vingança do PCC como motivação, a polícia também apura outra hipótese, relacionada ao exercício do cargo público de Ferraz em Praia Grande, onde teria enfrentado interesses locais.

O caso segue sob investigação do DHPP, que analisa imagens de câmeras de segurança e rastros telefônicos dos envolvidos.

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