
Aproximadamente 200 pessoas participaram, na manhã de sábado no dia 26, no salão social do Loteamento Caminhos de San Conrado da assembleia, que terminou com pedido de renúncia do ex-presidente Carlos Eduardo Rondini. Com apenas quatro meses de administração, a diretoria sofreu duas baixas, pois 15 dias antes, a vice-presidente Monica Laterra, também renuncia ao cargo.
Uma das propostas rejeitadas na Assembleia pela maioria dos moradores foi o aumento de condomínio, com base nos índices de reajuste da taxa Selic, acumulado dos últimos três anos. Além de aumento, a diretoria propôs taxas extras para manutenção das despesas mensais e obras de construção de muro em áreas vulneráveis.
Sobre os muros, o tema foi amplamente discutido em assembleia e causou desentendimentos entre os presentes. O projeto apresentado é para onstruir 23 quilômetros de muro em torno do loteamento, orçados em aproximadamente R$ 260,00 o metro quadrado.
Ocorre que, o San Conrado faz parte de uma importante Área de Proteção Ambiental (APA), e que não pode ser murada devido a legislação ambiental. Sendo assim, a administração convidou o secretario Rogério Menezes, da Secretaria do Verde e Desenvolvimento Sustentável, e os técnicos da secretaria, para uma visita no loteamento. Segundo eles, a equipe da secretaria do Verde ficou por mais de cinco horas avaliando todo perímetro do San Conrado. E, a partir daí, orientaram como se poderia fazer o fechamento das áreas de APA.
Mas, de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campinas, o propósito da visita foi atender uma solicitação da nova diretoria do San Conrado, e proceder com orientações de ordem técnica e reforçar o acompanhamento dos plantios de compensações ambientais. Na ocasião o secretário realizou vistorias e avaliou os plantios existentes e mapeamento de novas áreas para plantios. Também determinou-se maior cobrança das empresas responsáveis pela manutenção dos plantios.
A ideia de murar o San Conrado partiu de um grupo de moradores de áreas vulneráveis, que assustados com a violência, – uma moradora, inclusive foi baleada na barriga -, solicitaram a administração o fechamento com muros dessas áreas.
Após todos os questionamentos, tanto do orçamento da obra, como das licenças ambientais, a diretoria se defendeu dizendo que tinha a autorização verbal do secretário Rogério Menezes. Para se emitir as licenças necessárias, além da Secretaria do Verde, da Secretária de Obras e Planejamento, também precisa de um parecer do Congeapa, o que não aconteceu.
Recentemente, através de um comunicado interno, a diretoria afirmou que a área do viveiro estava irregular e precisava se adequar a legislação. Mas, de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, o secretario Rogério Menezes declarou, que não cabe regularização do viveiro, por não se tratar de uma produção comercial. No entanto, a orientação dada foi a retirada de transbordo de resíduos que estavam no local.




