A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta terça-feira, 25 de março, a segunda morte por dengue neste ano. A Pasta lamenta e se solidariza com a família.
O caso refere-se a um homem de 65 anos, com comorbidades. Ele foi atendido na rede privada e era residente da área de abrangência do Centro de Saúde Aurélia. O início dos sintomas foi em 9 de fevereiro e o óbito ocorreu no dia 20 do mesmo mês.
O desfecho óbito depende de fatores como procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e características individuais do paciente, como possíveis doenças preexistentes e/ou outras condições clínicas especiais.
O que foi feito?
Assim como em todas as situações de casos com óbitos registrados, medidas preconizadas foram desencadeadas na região onde residia este morador: controle de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização.
A Prefeitura mantém ações diárias para prevenção e combate e desde novembro do ano passado tem aplicado novas estratégias para prevenção à doença, ampliação da vacinação de crianças e adolescentes, e reforço nos insumos para assistência. Veja abaixo números.
A Secretaria de Saúde reitera o alerta com objetivo de sensibilizar a população para tentar reduzir casos e óbitos: a melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro para o mosquito, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.
“O período sazonal da dengue está intrinsecamente relacionado ao clima, com destaque para os meses mais quentes do ano, pois as temperaturas mais altas proporcionam melhores condições para multiplicação do vetor. Assim, os casos de dengue tendem a aumentar gradualmente a partir de outubro, sendo os meses de maior ocorrência março, abril (pico) e maio. Por isso, reforçamos o apelo para que a população nos ajude neste enfrentamento”, explicou o coordenador do Programa de Arboviroses, Fausto Marinho Neto.
Ações em números
Entre 1º de janeiro e 12 de março foram realizadas as seguintes ações:
- Controle de criadouros: 237.533 visitas a imóveis;
- Nebulização: visitas a 53.342 imóveis;
- Mutirões em 2025: quatro até 15/3, com visitas a 15.855 imóveis;
- 1.158 toneladas de resíduos retirados em ações (de 1/1 até 19/2);
- Lideranças de bairros capacitadas (de dezembro de 2014 a 19/2): 62;
- 34 capacitações para profissionais de saúde (de 1/1 até 19/2);
- 250 servidores brigadistas;
- 300 servidores capacitados;
- Vacina dengue (doses atrasadas): 10.449 interações com famílias de crianças e adolescentes (desde novembro de 2024);
- Monitoramento de pacientes com suspeita de dengue: 54.681 (desde fevereiro de 2024);
- 19 ações de educação em saúde para profissionais e serviços de saúde (desde 1/1).
Já durante o ano de 2024 ocorreram:
- Controle de criadouros: 1.707.884 visitas a imóveis;
- Nebulização: cobertura de 286.993 imóveis;
- Mutirões: 21, com visitas a 95,1 mil imóveis;
- Mais de 250 escolas trabalharam o tema, com 63 mil crianças e famílias impactadas;
- 98,5 mil toneladas de resíduos retirados em ações;
- 250 servidores brigadistas;
- 300 servidores capacitados;
- 15 ações de fiscalização integrada;
- 36 lideranças de bairros capacitadas;
- 118 capacitações para profissionais de saúde;
- 35 reuniões e visitas técnicas em serviços de saúde;
- 153 ações de educação em saúde para profissionais e serviços de saúde.
Assistência
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.