Em entrevista ao Jornal Local, o secretário municipal da saúde, Doutor Carmino Antonio de Souza, falou sobre a falta de medicamentos, a campanha sobre a dengue, o novo centro de saúde no jardim conceição e a reforma e equipamentos do centro de saúde de Joaquim Egídio. Confira.
Quais fatores têm ocasionado a falta de medicamentos nos centros de saúde?
De acordo com a lista publicada no site da secretaria, atualizada em 9 de setembro, 16 itens estão em falta no momento. A falta temporária acontece por diversos motivos: entre eles problemas com fornecedor, dificuldade na compra em razão de falta de matéria prima, etc.
Os medicamentos disponíveis podem ser retirados em todos os centros de saúde, com receitas SUS e de convênios. Parte deles também pode ser encontrada gratuitamente ou por preços mais baixos na Farmácia Popular ou na rede privada, por meio do Programa Aqui tem Farmácia Popular. Se não existir a opção, o paciente deve procurar a unidade de saúde de referência e solicitar a receita de um medicamento que substitua o indicado pelo médico.
Pessoas acamadas, com limitações físicas para locomoção e que passam por tratamentos supervisionados têm o medicamento entregue em casa pelos profissionais do Programa de Saúde da Família e/ou do Serviço de Atendimento Domiciliar. População em situação de vulnerabilidade, como moradores de rua, recebe tratamento por meio do Consultório na Rua.
Matéria prima é um problema do fabricante, que tem que ter o medicamento disponível para distribuição. Já que os fabricantes não estão cumprindo com o acordo, por que não trocar de fornecedor?
O Brasil é um país altamente dependente de matérias-primas importadas. A falta de matéria-prima faz com que os fabricantes não produzam os medicamentos. Dessa forma, não há fornecedores para participarem da licitação. Portanto, a Prefeitura fica sem ter de quem comprar o produto.
Qual a programação para iniciar a campanha de dengue?
Os trabalhos contra as arboviroses são ininterruptos e acontecem diariamente em todas as regiões da cidade. As ações são planejadas e executadas pelo Comitê Gestor Municipal de Prevenção e Controle da Dengue, Zika e Chikungunya, que reúne várias secretarias e órgãos da Prefeitura. No período epidêmico há intensificação das ações de controle de criadouros, do controle do mosquito adulto, além das ações educativas, capacitações de profissionais.
Existe um planejamento para viabilizar a vacina contra dengue na rede pública?*
A implantação da vacina na rede pública depende do Ministério da Saúde. Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde não recebeu nenhuma orientação do governo federal neste sentido. A vacina de utilização na rede pública está em fase de pesquisa, que é organizada e conduzida pelo Instituto Butantã.
Ficou definida a locação de um imóvel no Jardim Conceição para o novo centro de saúde?
O terreno já foi definido. O projeto deverá ser o mesmo que está em construção no bairro San Diego. Neste momento, estamos em fase de captação de recursos para a licitação da obra.
Os moradores do bairro Jardim Conceição deverão usar o antigo ou poderão usar a unidade?
É claro que quando o novo Centro de Saúde estiver pronto poderá haver um compartilhamento das atividades entre as duas unidades. Assim, os usuários deverão seguir as orientações da Unidade Básica.
Qual foi o gasto com este imóvel?
O valor estimado para construção do novo CS é de R$ 2,5 milhões.
Qual o valor estipulado para compra de móveis e equipamentos no local?
Em média, uma nova UBS (Unidade Básica de Saúde) necessita de cerca de R$ 750 mil para móveis e equipamentos.
Quantos funcionários tem a equipe? Vão contratar mais? Se sim, através de novos concursos?
Não há um planejamento final, mas deve ser em torno de 40-50 servidores entre médicos, enfermeiros e outros profissionais.
Qual a verba destinada para reforma do centro de saúde de Joaquim Egídio?
A reforma do Centro de Saúde Joaquim Egídio conta com investimento de R$ 320 mil, entre mão de obra e material utilizado.
Quais reformas estão sendo feitas?
Está sendo realizada a pintura de todos os cômodos, de portas e esquadrias, reparos no telhado, substituição de azulejos trincados, troca de portas que apresentam problemas, melhorias para acessibilidade, consertos diversos (como a porta de ferro da recepção) e troca de fechaduras, entre outros.
Por que a autoclave está quebrada há três anos e até hoje não foi consertada?
A autoclave do CS Joaquim Egídio será trocada. A Prefeitura fez a compra de novos equipamentos para substituir os que não tinham mais conserto, como o de Joaquim Egídio. As instalações já foram iniciadas de acordo com cronograma de cada distrito. Em breve a nova autoclave será instalada no local. É importante ressaltar que todo o material utilizado em Joaquim Egídio é esterilizado em outras unidades.