Ânimos exaltados
À beira do longo recesso parlamentar, os ânimos estão aflorados em Brasília por causa da discussão sobre o possível impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Um deputado, cuja base eleitoral fica em Campinas, tem travado discussões e ganhado o foco nos últimos dias, recheados de gritaria e confusão, na Câmara Federal.
Sampaio x Dilma
O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio, disse recentemente que a presidente Dilma Rousseff perdeu o apoio da população, da base aliada no Congresso e até do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), gerando um clima de “ingovernabilidade absoluta”. Temer fez uma carta polêmica dirigida à Dilma dizendo que a presidente não confia em seu vice, nem no partido dele.
Renúncia
Para Carlão, como é chamado em Campinas, a única saída de Dilma é o impeachment ou a renúncia. A chapa “Unindo o Brasil”, formada por deputados da oposição e dissidentes da base aliada ao governo, ganhou a preferência do plenário e foi escolhida para compor a comissão especial de análise do pedido de impeachment da presidente.
Vitória
Carlão já fala em “vitória”. “Essa vitória não é da oposição, mas da sociedade, que quer o afastamento da presidente. Agora, é envolvermos a população nessa defesa pelo Brasil, que passa pelo afastamento de Dilma”, afirmou. O tucano criticou a atitude dos governistas durante a votação. “Invadiram as cabines e destruíram os computadores, ou seja, os petistas destruíram os bens públicos. Foi desespero total”, lamentou.
Supremo
Na quarta-feira, dia, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Edson Fachin, suspendeu a instalação da comissão de impeachment. Para o líder tucano, Fachin defendeu o rito da Casa. “O ministro agiu bem quando falou que a única hipótese plausível é que se precisa discutir o voto secreto. Isso não é para invalidar tudo o que foi feito, ele apenas suspendeu para que o STF diga se a votação deve ser secreta ou não”, disse.
Corrupção
Em meio à instalação do processo de impeachment, centrais sindicais e apoiadores do governo saíram às ruas em defesa do governo Dilma, classificando o movimento oposicionista como “a tentativa de um golpe na democracia”.
Eleições locais
Já começou o momento de decisão dos partidos para anunciarem os pré-candidatos a prefeito de Campinas em 2016. Os partidos devem usar o mês de janeiro para cravar as escolhas e iniciar as campanhas, divulgação de propostas e a personalização dos políticos.
Vitória 2
O vereador Pedro Tourinho (PT) comemorou em seu perfil no Facebook a vitória dos estudantes paulistas sobre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a respeito da reorganização escolar. O chefe de Estado anunciou recentemente a suspensão da medida, publicada em diário oficial. A ideia previa o fechamento de 93 unidades de ensino no Estado e a transferência de 311 mil alunos. Agora, o governo quer “dialogar escola por escola”.
Dissimulado
O parlamentar ainda chamou o tucano de “dissimulado”. “Os estudantes venceram e ensinaram para muita gente que vale a pena lutar e insistir! Não podemos baixar a guarda, sabemos que Alckmin é muitíssimo dissimulado e que não custa nada para ele apresentar alguma nova proposta que promova o fechamento de escolas, com algum novo nome, no meio do período de férias”, disparou. “Certamente depois dessa vitória as escolas e os estudantes não serão mais os mesmos e não se deixarão enganar”, escreveu Tourinho.
SUS
O vereador Carlão do PT defende a mobilização da RMC (Região Metropolitana de Campinas) na retomada da regulamentação da Emenda Constitucional que prevê aumento em mais 10% nos percentuais mínimos de investimentos governamentais no SUS (Sistema Único de Saúde). A proposta é de criar uma Frente Parlamentar Metropolitana em defesa das santas casas e hospitais filantrópicos na RMC.
