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quarta-feira, dezembro 4, 2024

770 casos de dengue são registrados em Sousas e Joaquim Egídio

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nebulizaçõesA cidade de Campinas registrou 35.184 casos da doença, o que representa um aumento de 13 mil desde o último balanço divulgado

A dengue, uma epidemia jamais vista na história da cidade de Campinas chega a seu ápice com 35.184 casos registrados, ou seja, um aumento de 60% do último dado divulgado pela Prefeitura Municipal de Campinas. Segundo o último balanço da Secretaria Municipal de Saúde, foram confirmadas três mortes, e outros três óbitos estão sendo investigados por suspeita de estar relacionado à doença.

Já em Sousas, foram registrados 710 casos de pessoas infectadas pelo vírus da dengue, um aumento de aproximadamente 16%, conforme informação da coordenadora do Centro de Saúde, Nicole Montenegro.
Segundo o clínico geral do Centro de Saúde de Sousas, Dr. Tarcísio Rabello, com a queda de temperatura, o mosquito transmissor da doença não consegue se reproduzir, e com isso teremos uma queda da epidemia. A Vigilância de Saúde de Campinas já está estudando várias ações para 2015, evitando que a dengue chegue a números tão assustadores como o que está sendo visto agora.

Rabello acredita que em novembro, quando a temperatura voltar a subir em toda a região, a tendência é que o mosquito volte a agir, e por esse motivo as campanhas para o próximo ano precisam ser iniciadas neste ano, com campanhas de conscientização nas escolas, e também na mídia, orientando a população nos cuidados necessários para evitar que os criadouros do mosquito não se alastrem.

Já o Centro de Saúde de Joaquim Egídio, conforme informou a coordenadora Viviane Maria Martino, o número de casos do último mês chegaram a 140% de aumento. O que deixa em evidência que muitas ações da Prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde, não estão sendo eficientes no controle da epidemia, pois os casos de contaminação pularam de 25 casos para 60, segundo o último balanço realizado no dia 17 de maio pela reportagem do Jornal Local.

Campinas bateu o recorde do país em casos da doença, e o número pode ser maior que os 35 mil casos confirmados, pois existem muitas notificações de pessoas que não reconhecem os sintomas, não buscam atendimento, e com isso, esses casos não são contabilizados.

dengue“A epidemia já está em queda expressiva e as salas de hidratação nos Centros de Saúde já foram desmobilizadas. Além disso, com a redução do número de mosquitos, a nebulização não será necessária neste período, sendo mantidas no inverno as ações casa a casa, e de eliminação de criadouros. A recomendação é que a população cuide de seus espaços, eliminando criadouros, e colocando telas nas caixas d’água”, afirma Juliana Guidolin assessora da Secretaria de Saúde de Campinas.

Conselho Municipal de Saúde
Os conselheiros criticaram o governo municipal pela alta incidência dos casos de dengue na cidade. “A Prefeitura de Campinas não adotou as medidas necessárias quando os casos da doença estavam começando a se alastrar, deixando de levar a sério o grande problema que estava em suas mãos”, disse o Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Paulo Mariante.
Segundo o conselheiro, a condição climática não justifica os altos índices de pessoas que contraíram a doença, e sim a falta de agentes de controle ambiental e agentes comerciais de saúde, que foram mandados embora no início do ano de 2014 do Cândido Ferreira, pois as ações de casa em casa, reduziriam os casos em 80%.

“Seria necessário decretar estado de emergência para a cidade de Campinas, pois a grande preocupação é que medidas concretas não estão acontecendo. E, se nada for efetivada no momento, em 2015, a epidemia pode ser pior do que vivemos nesse ano. Hoje, contamos com aproximadamente 120 funcionários trabalhando com a população, mas segundo a Vigilância Sanitária, seria essencial ter mais de 450 servidores auxiliando nesse processo”, relata Paulo Mariante, Presidente do Conselho.

“A Prefeitura não assumiu seu papel no controle da dengue”, disse Mariante. Ele afirma que vários agentes de saúde e conselheiros, também contraíram o vírus. “Se eles que estão em contato direto com a saúde foram infectados, imagina a população de Campinas, que tiveram informações omitidas”.
Mariante ainda afirma que faltou vontade política em reconhecer a responsabilidade da Prefeitura, nas ações de cata-trecos e nebulizações. Assim como nos processos seletivos de contratação de agentes de saúde.

Campinas recebeu verba do governo federal
A cidade de Campinas recebeu no final de 2013 um repasse de orçamento de recursos do Governo Federal um valor de R$ 1 075 237,41 para serem destinados ao longo do ano de 2014 no combate a dengue em toda a cidade, segundo informações da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde.
Segundo Marina Avancini, da Secretaria Municipal de saúde, esse valor foi aplicado em diversas ações, como campanhas educativas, aplicação da liminar para a entrada em casas fechadas, eliminação de criadouros. A Secretaria de Serviços Públicos realizou 15 mutirões na cidade, que foi retirado mais de 190 mil toneladas de entulhos. Mais de 320 bairros foram contemplados nessas ações. Já a Secretaria da Saúde, em 2014 enviou equipes que visitaram mais de 100 mil imóveis residenciais e comerciais para ações de bloqueio químico e retirada de criadouros.

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