O líder do PT recebeu o tiro nas costas, conseguiu virar-se e deu cinco tiros no bolsonarista. Segundo um amigo de Marcelo, “com sua reação, ele conseguiu evitar uma chacina, foi um herói”, diz o texto da Fórum.
O guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, pai de 4 filhos, militante do PT e dirigente do sindicato dos servidores municipais de Foz do Iguaçu (PR), foi assassinado a tiros, na madrugada deste domingo (10), durante sua festa de aniversário de 50 anos, pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, policial federal penitenciário
Minutos antes do crime, Guaranho esteve na entrada da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), onde Marcelo comemorava o aniversário e fez ameaças, xingou o PT, o ex-presidente Lula, disse “aqui é Bolsonaro”. ELe estava com a mulher e um filho no carro. Pressionado pela mulher, saiu ameaçando “matar todos vocês, seus desgraçados”.
Depois das ameaças, Marcelo foi até seu carro para pegar usua arma funcional, alegando temer que o bolsonarista realmente voltasse. Conforme anunciou, o policial penal federal Jorge Guaranho voltou e invadiu a festa. Marcelo exibiu identificação de Guarda Civil e sua arma funcional, sua esposa, se identificou com policial civil, mas nada adiantou. O Bolsonarista já chegou atirando e atingiu Marcelo na pena, se aproximou para dar o tiro fatal, a mulher de Marcello ainda tentou impedir, mas não conseguiu.
Antes de ser assassinado com três tiros pelo policial penal fascista que o abordou no estacionamento, Marcelo tentou ainda se defender com a arma funcional que tinha em seu carro e reagiu. O assassino de Marcelo também morreu no local”, diz a nota do PT. Marcelo deixa mulher e quatro filhos.
O líder do PT recebeu o tiro nas costas, conseguiu virar-se e deu cinco tiros no bolsonarista. Segundo um amigo de Marcelo, “com sua reação, ele conseguiu evitar uma chacina, foi um herói”, diz o texto da Fórum.
Apesar de a Polícia Civil ter anunciado o morte do criminoso no domingo, foi desmentida. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou, no fim da tarde, que Jorge Guaranho recebeu atendimento médico e que está internado em estado grave, mas estável.
Intolerância
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou as consequências do episódio de intolerância para as duas famílias. “Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda”, disse, via Twitter. “Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável.”
O crime em Foz do Iguaçu faz parte de uma onde crescente de atos de violência política estimulada pelo presidente desde sua campanha eleitoral, em 2018. Já naquele ano, o mestre de capoeira Moa do Katendê foi morto a facadas por um bolsonarista por ter dito que votou no petista Fernando Haddad no primeiro turno.
“Quando digo que as pessoas estão doentes e que a falta de respeito e diálogo é uma tragédia, alguns acham que é exagero. As pessoas estão se atacando por causa da política e agora sabemos que elas também jogam bombas e matam. Hoje eu perdi um dos meus melhores amigos”, disse o petista André Alliana, amigo de Marcelo Arruda, no blog Boca Maldita.
Com apoio da RBA