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quinta-feira, setembro 19, 2024

“Famílias dormindo na rua não é de Deus”, afirma Benedita em reunião com Lula

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Diante dos líderes religiosos, Lula entregou uma Carta Compromisso com os Evangélicos.

 

 

As igrejas terão papel fundamental na assistência social e no combate à pobreza no país, reforçou o ex-presidente Lula, na manhã desta quarta-feira (19), em encontro com evangélicos em São Paulo. Diante dos líderes religiosos, Lula entregou uma Carta Compromisso com os Evangélicos. O documento, que foi lido pelo na íntegra, reforça seu compromisso com a fé e a liberdade religiosa no país. No evento, Lula elogiou ações de solidariedade das igrejas em todo o Brasil.

“Os evangélicos prestam um trabalho social excepcional em muitos lugares do país”, ressaltou Lula. “Tem muita gente séria na função de pastor, tratando da fé e da espiritualidade das pessoas”, emendou.

Ele criticou, no entanto, a crueldade daqueles a quem considera falsos pastores, que usam a fé para espalhar mentiras e disputar espaços políticos. “Uma família, quando sai de casa para a ir a uma igreja, seja católica ou evangélica, não vai para escutar um discurso político. Vai para orar, para assumir compromisso com Deus.

“A dúvida que colocam sobre nós é uma das armas para evitar que a gente ganhe as eleições”, apontou Lula, lembrando que, em 2018, Fernando Haddad sofreu as mesmas acusações de alguns setores de igrejas quando foi candidato à Presidência. “Desde que criamos o PT, a gente vive tendo de se explicar”, lamentou. “Não é a primeira vez que fazemos carta aos evangélicos. Toda eleição há uma quantidade de mentiras que nos obriga a fazer carta”.

 

Mentiras de Bolsonaro

Lula lamentou a baixeza de Bolsonaro e seu exército, que inventam, todos os dias, mentiras sobre ele e o PT. “Agora inventaram a história do banheiro unissex. Tenho família, filha, neta e bisneta. Só pode ter saído da cabeça de satanás essa história”.

Lula lembrou de sua criação e dos valores cristãos de sua mãe. “Família para mim é coisa sagrada. Quando vejo colocarem em dúvida nossa relação e respeito com as famílias, fico ofendido. “Se um pastor quer fazer política, ele que vá para a rua, não pode fazer isso na igreja”, ensinou. “Pastor não pode se aproveitar da autoridade dentro da igreja para mentir, isso depõe contra a igreja”.

“Quando resolvi fazer a carta, foi por respeito a vocês. Porque sei o quanto as pessoas sérias sofrem para enfrentar os mentirosos, tanto na igreja evangélica, quanto na católica”.

Volta da miséria

Lula enumerou os motivos pelos quais está voltando a presidir o país, a partir de 2023. “Não me conformo desse país ter voltado à miséria, que tínhamos acabado”, reclamou. “Não é possível o país ser o terceiro produtor de alimento, o primeiro de proteína animal do mundo, e o povo está passando fome. Faz cinco anos que não aumentam o salário mínimo, a merenda escolar, as pessoas estão arrumando bico, não há mais garantias”, queixou-se.

“Não somos mais respeitados, ninguém quer mais vir aqui. O presidente faz propaganda de arma e deixou o ensino médio sem livro didático, 300 mil crianças sem creche. Que mundo é esse?”, indagou. Apesar do quadro de destruição perpetrado por Bolsonaro, Lula mostrou-se otimista aos líderes religiosos. “Acredito que vamos consertar esse país, esse povo vai voltar a sorrir, com Alckmin ao meu lado”.

 

Direitos humanos

“Entre nós e Bolsonaro, não se pode ter dúvida. Vocês podem colaborar , conversando com mais pessoas, sabendo que tem quem não gosta da gente e conversar com elas. Saber qual a dúvida têm, é preciso convencê-las”, pediu. “Boa parte dos programas sociais pode ser feito pelas igrejas”, insistiu.

Lula lamentou que Bolsonaro não tenha respeito pela verdade e pelos direitos humanos, citando o caso das adolescentes venezuelanas. “A última coisa grave que ele fez foi aquela visita às meninas da Venezuela. Depois, acordou 1h da manhã para tentar se explicar para a opinião pública. Ele não tem respeito”, criticou.

 

“O futuro a gente faz”

O candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin lembrou do histórico discurso de Martin Luther King, no qual falava de um sonho de paz que “removeu montanhas de preconceito e exclusão” nos EUA. “Ele falava de vida e de inclusão, não de morte”, destacou o ex-governador de São Paulo.

“Por isso estamos juntos, temos o dever de nos unir e trabalhar até o dia 30 para o Brasil iniciar um novo momento de esperança, paz, conciliação, desenvolvimento, emprego, oportunidade aos jovens, amparo aos que precisam de saúde, atendimento aos aposentados”, descreveu. “O futuro a gente faz e Lula representa as maiores virtudes do cristianismo, que é o amor ao próximo”.

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