Cidade organiza diversas atrações culturais
Campinas completou 236 anos no dia 14 de julho e a prefeitura organizou diversas atividades comemorativas que duram até o final do mês, com diferentes atrações em variados pontos da cidade. Shows e entregas de obras, serviços e praças fazem parte das festividades.
Conhecida como a “capital do interior”, Campinas, possui um grande número de indústrias de ponta e é a sede da Região Metropolitana, além de funcionar como pólo industrial de 83 municípios. O município reuniu importantes fatos que se transformaram em história, além de contar com a presença de ilustres personagens.
Patrimônios históricos
A Praça Carlos Gomes, que em 1880 era utilizada por lavadeiras que estendiam roupas pelo capinzal depois de lavá-las no chafariz, é um dos principais pontos turísticos da cidade, assim como o monumento-túmulo de granito da estátua em bronze do maestro Carlos Gomes, que nasceu em Campinas em 1836. Outro famoso monumento é o de Campos Sales, que é feito de granito cinza com colunas simbólicas e figuras em bronze representando algumas características do governo. À frente, tem a figura em bronze de Campos Sales, inaugurado em 8 de agosto de 1934 no Largo do Rosário.
Outros pontos turísticos são a Lagoa do Taquaral, Jockey Club, a Torre do Castelo, o Mercadão, a Academia Campineira de Letras e Artes, que foi fundada em 1970 pelos jornalistas Luso Ventura e Rubem Costa e pelos poetas Jolumá Brito e Paranhos de Siqueira. A Academia foi criada com a intenção da comunidade cultura campineira se encontrar em um local alternativo, mas não restrito apenas a letras.
A Catedral Metropolitana, inaugurada em 1883 no centro da cidade e que é dedicada a Nossa Senhora da Conceição também é um ponto que de longe pode ser admirado por vários ângulos.
Grandes personagens
Foi em Campinas que nasceram grandes personagens brasileiros, como Guilherme de Almeida, escritor, que criou a Canção do Expedicionário, a cantora Maria Monteiro, a Viscondessa de Campinas, D. Maria Luzia de Souza e o militar republicano Benjamin Constant.
Uma personalidade muito marcante foi Júlio Mariano, também conhecido como “o homem que fez o jornal sozinho”. Considerava-se autodidata e teve a oportunidade de ingressar na imprensa oferecendo seus serviços como repórter esportivo, inexistente na época, ao Jornal Gazeta de Campinas e anos depois criou a seção policial no Correio Popular. Com a chegada da Revolução Constitucionalista a Campinas em 1932, muitas pessoas fugiram com medo. Júlio Mariano então, resolveu continuar, escreveu algumas matérias e por alguns dias colocou o jornal, com poucas páginas, em circulação. Era o primeiro jornalista negro e sofria grandes preconceitos. Ao longo de sua vida publicou vários artigos e também dois livros – “Campinas de Ontem e de Hoje” e “Badulaques”. Pelo sacrifício e persistência de Júlio as informações sobre as antigas guerras e como elas afetaram Campinas são conhecidas até os dias de hoje.
Campinas do futuro
Em 236 anos, Campinas se destaca em infraestrutura e tecnologia, e atualmente os avanços nesta área são reconhecidos. Um exemplo é o Aeroporto Internacional de Viracopos, um dos grandes terminais do Brasil, com média diária de 13 mil passageiros.
Campinas também é muito forte em pesquisas cientificas e tecnológicas. A Universidade de Campinas (Unicamp) tem uma graduação forte e é reconhecida em todo território nacional. O Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) é uma instituição da área de ciência e tecnologia, e tem como objetivo o financiamento de pesquisas científicas e tecnológicas nas diversas áreas de conhecimento.
Ainda há o trem de alta velocidade (TAV), que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro e que deverá ser implantado até 2014.
O Brasão campineiro
Adotado pelo Dr. Ricardo Gumbleton Daunt em 1889, o símbolo é formado por uma fênix no centro de um escudo com uma coroa de flores em cima. Ao lado direito há uma haste de café e do lado esquerdo uma de cana-de-açúcar. A coroa representa a emancipação política e as duas hastes a agricultura, que foram as primeiras fontes de renda da cidade.
A fênix é uma ave mitológica que simboliza o renascimento, já que no século XIX a população de Campinas quase foi dizimada por uma epidemia de febre amarela. A cidade entrou em crise, mas aos poucos foi se reerguendo. Abaixo da ave, escrito em latim, a frase “No Trabalho e na Virtude a Cidade Floresce” completa o brasão.