Em vigor desde 1º de janeiro, a Resolução do Conselho Nacional de Trânsito endurece as regras para os futuros motoristas
A partir do dia 1º de janeiro entraram em vigor em todo o país as novas regras para a obtenção da primeira CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Quem quiser se tornar motorista terá que se submeter a 45 horas de aulas teóricas e 20 de aulas práticas.
As aulas sobre legislação de trânsito passam de 12 para 18 horas, as de direção defensiva teve a carga horária duplicada, passando de 8 para 16 e noções de funcionamento do veículo passa a ser de 3 horas e não apenas 2.
A resolução 285 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) tem por objetivo melhorar a formação dos motoristas e reduzir o número de acidentes. No Brasil, o número de mortes no trânsito só perde para as mortes causadas pela violência.
As aulas teóricas, entre outros tópicos, darão ênfase sobre as conseqüências de dirigir após a ingestão de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas, cuidados especiais com motociclistas, condução do veículo em situações de risco, condução de motocicletas com passageiro ou carga, cuidados com a vítima motociclista e equipamentos de segurança para motocicleta.
Além disso, os alunos que quiserem se habilitar para conduzir motocicletas deverão fazer aulas práticas em via pública, mesmo em condições adversas como chuva, à noite ou nevoeiro. Antes, as aulas eram feitas somente em circuito fechado e o aluno mal passava da 1º marcha. Mas a implantação dessa regra fica a cargo de cada departamento estadual de trânsito.
Com todas essas alterações a expectativa é que haja um acréscimo entre 20 e 30% no valor cobrado pelas auto-escolas, já que terão que dispor de mais espaço físico, material e também profissionais qualificados para ministrar as aulas.
O estudante Eder Beraldo adiou a matrícula em uma auto-escola e agora está arrependido: “Enrolei, enrolei para tirar minha carteira de habilitação e agora estou frustrado. Eu já achava difícil antes, agora então, ficou bem pior. Vou esperar mais um tempo para ver como isso vai ficar”.
Francisco Lima Neto