Os casos…
No início do século passado o atual distrito de Sousas era chamado Arraial dos Sousas em virtude de todas as terras do trecho que se iniciava em Campinas e se estendia a leste em direção ao Pico das Cabras serem de propriedade do coronel Joaquim Egídio de Sousas Aranha. Eram todas fazendas de café, o que chegou a dar Campinas como o maior produtor do país. Tal era a importância dessa agricultura que o governo viu-se obrigado a construir uma linha férrea com váios ramais, de Campinas até a Fazenda das Cabras.
O Arraial dos Sousas surgiu como povoado em torno da antiga ponte de madeira, na atual Praça de São Sebastião, onde foi erigida a capela que existe até hoje, O povoado foi se estendendo rumo sul até a rua Humaitá, rumo leste até a atual fábrica da Nitow Papelão e rumo norte pela rua 13 de maio até onde se localiza a Prodome. Essa rua era habitada em sua maioria por ex-escravos e seus descendentes.
Três eventos aconteceram nos fins do século anterior em 1896: a inauguração da ponte de ferro, da Igreja Matriz de Sant´Ana e do cemitério, onde se encontra hoje.
A maioria dos habitantes era formada por comerciantes de secos e molhados, várias ferrarias de animais, moinhos de fubá com roda d´água, selarias, carpintarias, beneficiadoras de arroz e café e uma fábrica de lingüiça, além da indústria de Bebidas Dal Porto. A população urbana nessa época, não passava de 2.000 habitantes. Em compensação a população rural chegou no auge do café a ser de 28.000 moradores, com 80% de imigrante italianos.
Nas fazendas ao norte onde não chegavam os ramais de linha férrea, havia como transporte as antigas jardineiras que levavam os colonos para fazer compras no distrito nos fins de semana. Esse quadro do distrito perdurou até a construção da ponte de concreto inaugurada em 1940.
A partir da decadência do café o quadro geofísico do distrito começou a mudar num ritmo acelerado. A população rural começava a migrar para a zona urbana e vários loteamentos surgiram rumo oeste, em direção a Campinas. Com a construção da Rodovia Heitor Penteado a saída para Campinas melhorou ainda mais a geografia do distrito, pois antes desse evento a saída era feita pela rua da estrada antiga, atual Rua dos Expedicionários.