Ao longo do ano, 263 casais realizaram fertilizações in vitro (bebês de proveta) na clínica, contra 182 em 2004.
Segundo o ginecologista Daniel Faúndes, diretor do CRHC, o crescimento registrado em 2005 consolida um processo que vem sendo notado ao longo dos últimos anos. Entre os principais fatores, ele aponta a evolução da medicina reprodutiva e o aumento da divulgação sobre o assunto.
“Os procedimentos de reprodução assistida deixaram de ser um tabu na nossa sociedade. As pessoas estão melhor informadas sobre o assunto, o que reduz o preconceito”, afirma Faúndes.
A infertilidade atinge cerca de 20% dos casais. Na metade dos casos, ela está relacionada a fatores masculinos e na outra metade, a problemas femininos. “É muito importante que, ao encontrar dificuldades para engravidar, tanto o marido como a mulher passem por exames”, diz.
De acordo com o médico, embora a incidência de problemas para engravidar seja grande, as chances de sucesso dos métodos de reprodução assistida também são cada vez maiores. “A medicina reprodutiva avançou muito nos últimos anos. Hoje há tratamento para os mais diversos tipos de problema”, afirma. O índice de sucesso dos procedimentos está relacionado à idade, variando de aproximadamente 60% para menores de 30 anos a até 10% para maiores de 40 anos.
Em casos femininos graves, em que a mulher não tem ovários ou entrou na menopausa, pode ser realizada a doação de óvulos. “Atualmente, temos realizado entre dois e três procedimentos com ovodoação por mês”, explica o médico.
Outro grande avanço da medicina reprodutiva é a técnica de PGD (biópsia embrionária pré-implantacional seguida de análise genética), que é utilizada para casais com risco de gerar filhos com malformações genéticas, abortos de repetição ou idade avançada. Com esse procedimento, os embriões são avaliados geneticamente antes de serem escolhidos para transferência.
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