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sexta-feira, setembro 20, 2024

Falta de medicamentos para quem passou por transplante pode causar perda do órgão

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Medicamentos imunossupressores, que impedem a rejeição de órgãos, não estão sendo entregues no SUS, o que pode trazer riscos de morte

Associações de pacientes transplantados denunciam a falta de remédios conhecidos como imunossupressores, fundamentais para que os órgãos transplantados não sejam rejeitados. Com custo elevado, esses medicamentos são distribuídos pelas farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS), mas desde o começo do ano a entrega é insuficiente.

Ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, o comerciante Michel Faustino relata que há três anos fez transplante de rins e, para evitar rejeição dos órgãos, diariamente ele precisa tomar os medicamentos, mas, segundo o comerciante, desde 2017 a entrega pelo governo federal tem sido parcial.

Com a falta de remédios, Faustino passou a ter dores de cabeça e uma alergia entre o pescoço e o peito. Para não piorar sua condição, neste mês ele precisou desembolsar R$ 600 para obter um dos remédios, mas teme que em agosto não tenha dinheiro para realizar a compra novamente. “Você fica com medo porque não quer voltar para aquela máquina, ficar fazendo hemodiálise”, lamenta.

Presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o nefrologista José Osmar Medina Pestana explica que a falta de medicamentos pode trazer graves problemas à saúde, causando até mesmo a morte. “Se a pessoa parar de tomar (o remédio), qualquer época da vida, ela perde o órgão transplantado”, alerta o nefrologista.

A Associação Brasileira de Transplantados (ABTX) confirma que os problemas com o fornecimento começaram em 2017 e pioraram neste ano. A associação havia conseguido na Justiça garantir o abastecimento dos medicamentos, mas, a entrega tem sido muitas vezes fracionada. Para o presidente da ABTX, Edson Arakaki, há um descaso tanto por parte do governo de Jair Bolsonaro como pela gestão em São Paulo do governador João Doria. “O que a gente tem notado é que se fornece sempre uma quantidade menor do que a necessária e, por outro lado, a gente vê também problemas na distribuição”, destaca o presidente.

Fonte Rede Brasil Atual

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