Representando quase 30% do território municipal e compreendendo integralmente Sousas e Joaquim Egídio, a Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas preserva um território de características singulares. Os remanescentes da vegetação natural da Mata Atlântica possibilitam a sobrevivência de várias espécies de animais ameaçadas de extinção e inclusive a existência de uma nova espécie de perereca (Hyla hiemalis). Além do clima diferenciado, a região possui uma topografia acidentada, com afloramentos rochosos graníticos e destaque para os recursos hídricos que garantem abastecimento de água e geração de energia da região. Os aspectos culturais diversificados, com celebrações típicas, patrimônios desde o período de sua formação e a manutenção da tradição rural foram também considerados particularidades que deveriam ser preservadas.
Em função destas especificidades, desde o começo da década de 1990, foram elaboradas propostas de preservação dos patrimônios. Em 91, realizou-se o Primeiro Fórum Ecológico de Sousas, a fim de levantar as reivindicações da comunidade. Após dois anos, por meio de Decreto Municipal, foram criadas as APAs de Sousas e Joaquim Egídio. Formaram-se grupos de trabalho para discutir questões sobre o patrimônio natural e cultural e sobre educação ambiental e o produto das reuniões foi uma proposta de seu planejamento/gestão e a criação do “Centro de Referência Ambiental de Joaquim Egídio”. Nos anos seguintes, realizaram-se seminários para a elaboração de um novo documento que produziu o Plano Local de Gestão.
Segundo Cristina Mattos, as características da APA não favorecem uma ocupação humana intensiva, por isso, busca-se a garantia da não degradação frente às ambições de desenvolvimento que podem causar grande impacto nas particularidades ambientais e culturais. Para saber mais informações sobre a criação da APA e seu Plano de Gestão, consultar a pesquisa utilizada de Mattos, disponível no site: www.apacampinas.cnpm.embrapa.br/
Cristiane Renata de Lima Prestes
Aluna do 4º Ano de História da Unicamp