O mundo moderno é da comunicação. Há 40 anos atrás um lavrador coqueirense que morava na roça do Ermo morria sem conhecer sua cidade natal que era Coqueiral.
Hoje a noticia é em tempo real. Aqui na minha bucólica Coqueiral quando morre uma pessoa de certa projeção local cinco minutos depois a cidade toda já fica sabendo,
Os acontecimentos se projetam como um vulcão em atividade. A velocidade é de uma nasa americana.
Os caminhos das noticias eliminam quaisquer obstáculos e aparecem para nós leitores como pão quente tomado no café da manhã.
Para delinear sua projeção pego, por exemplo, o assassinato do ecologista Chico Mendes.Primeiro a cidade ficou sabendo, depois a região, em seguida o estado, logo após o país e finalmente o mundo.O que é interessante não é só sua velocidade no espaço, mas também no tempo. Está projeção não passou de 24 horas. É lógico que para isto acontecer os fatos têm que ter consistência.
O mundo da comunicação deve ser contagiante porque vemos nos semblantes dos jornalistas a paixão em apresentar suas matérias.
Na continuidade em que caminha a humanidade é natural que os fatos tenham limites. Os acontecimentos rotineiros têm duração extremamente instantânea junto ao público. É algo natimorto.
Alguns acontecimentos da segunda metade do século XX ultrapassaram para o século XXl como a queda do muro de Berlim.
O que está desenhado são que as grandes catástrofes serão as matérias para o futuro do jornalismo. Mas penso diferentemente principalmente levando em conta os talentos humanos associados a uma instrumentalização de pontas nossas colheitas humanísticas serão generosas.
Tirar pedras pesadas presas fortemente no solo será grande façanha humana. O que não acredito é na mudança da natureza humana, isto não quer dizer que não haverá mudanças de comportamentos.Nossa índole humana é imutável, mas ela é um conjunto de defeitos e qualidades .Desejo que a prevalência positiva humana sobressaem gigantescamente neste começo de milênio e que permaneça em todo seu desenrolar.
Isto congestionará as redações de noticias alvissareiras. E os otimismos no homem serão fontes inesgotáveis do prazer de dar noticias boa.
Mas não esqueço que quando morava na capital mineira os pivetes vendendo jornais do domingo nas noites de sábado nos bares. Depois de tomar algumas cervejas chegava em casa e aí ler os jornais antecipadamente. Esta sensação de ser pioneiro leitor acho que é igual de ser pai de uma matéria de âmbito nacional.
Agora na bucólica Coqueiral sinto que nossos acontecimentos ainda anunciados como se estivesse na época medieval pelo alto falante da igreja mim trás um saudosismo fortificante.
E como escritor deste artigo sinto como padeiro fabricante de paes quentes na madrugada.Telefono para os jornais e em contato com o jornalista responsável fico aguardando antecipadamente a publicação do artigo no dia posterior.A sensação de que estou oferecendo matéria aquecida para as almas dos leitores faz meu intimo incendiar de contentamento e de uma infinita satisfação de bem estar intelectual.
JUAREZ ALVARENGA