Uma paella de trutas frescas e defumadas com pinhão é o prato que encerra, neste ano, a Festa Gastronômica do Pinhão, promovida pela Confraria das Pousadas de Cunha. O jantar, que terá música ao vivo de chorões e seresteiros e será servido ao redor da fogueira, acontecerá no próximo dia 24, sábado, na Pousada dos Girassóis, comandado pelo chef Edyr Barretto. A paella será preparada à vista dos convidados, que poderão servir-se à vontade.
Para celebrar o friozinho que já faz em Cunha, Edyr servirá, como entrada, um consomê de mandioca. Haverá também uma variedade de petiscos nos quais o pinhão estará presente. Na sobremesa, peras em calda, doce de banana ao licor e doce de abóbora com coco.
A opção para quem não come peixe será sobrecoxa de frango grelhado à Michelângelo, acompanhada de arroz.
Tudo isso custará ao visitante apenas R$ 25,00. Crianças até 5 anos não pagam. De 6 a 10 anos, pagam a metade.
Reservas e maiores informações nas pousadas que fazem parte da Confraria:
Pousada e Restaurante dos Girassóis – (12) 3111.1426 e (12) 9756.1309
www.pousadadosgirassois.com
Pousada e Restaurante Dona Felicidade – (12) 3111.1878
www.pousadadonafelicidade.com.br
Pousada e Restaurante Terra Viva – (12) 3111.8000
www.pousadaterraviva.com.br
Pousada Sotaque Mineiro – (12) – 3111.1436 e (11) 6408.6267 (11) 9914.7156
www.pousadasotaquemineiro.com.br
Pousada Candeias – (12) 3111.2775
www.pousadacandeias.com.br
Pousada da Mata – (12) 3111.8041 e (11) 9653.7249
www.pousadamata.com.br
INFORMAÇÕES SOBRE CUNHA
A Estância Climática de Cunha, um dos municípios mais extensos do Estado de
São Paulo, fica a meio caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro, a 45 km de
Guaratinguetá (na Dutra) e a igual distância de Paraty (no litoral). A
cidade é pequena e pacata, conservando o clima das cidades esquecidas nas
serras, e está rodeada por uma extensa zona rural onde metade de sua
população de cerca de 23 mil habitantes vive nas roças, em meio a grandes
reservas de Mata Atlântica. É pródiga em rios, riachos e cachoeiras de todos
os tamanhos e oferece trilhas de grande beleza para os caminhantes.
Nesta época do ano já faz frio nas montanhas de Cunha, sobretudo à
noite e no início das manhãs e, nas pousadas, é possível acender
lareiras nos chalés e apartamentos. Durante o dia, ao calor do sol, a região
é uma porta aberta ao sossego, à beleza da natureza ainda preservada, aos passeios às cachoeiras.
A cidade surgiu com a abertura do Caminho do Ouro, por onde cruzavam, no
passado, tropas de mulas carregadas com as riquezas das Minas Gerais, em
direção ao porto de Paraty. Hoje o município é mais conhecido por sua
produção de cerâmica artística de alta qualidade e por abrigar, em suas
vastas terras, as nascentes do rio Paraíba. Saindo de São Paulo ou do Rio de
Janeiro chega-se a Cunha tomando-se a Via Dutra até a cidade de
Guaratinguetá, de onde sai a rodovia Cunha Paraty. Sobe-se então a serra até
o km 45, onde está o portal da cidade.
INFORMAÇÕES SOBRE O PINHÃO
Nativo da Mata Atlântica, o pinhão é a semente da araucária angustifólia e,
assado em fogueiras, já fazia parte do cardápio dos índios que habitavam o
planalto sul-brasileiro 6.000 anos atrás e sabiam conservá-lo por grandes
períodos, enterrados em argila.
O pinhão é uma fonte importante de energia, cálcio e fosfato e Cunha se
destaca como um dos maiores produtores do Estado de São Paulo, colhendo
cerca de 800 toneladas por ano.
A Araucária angustifólia, que só existe no Brasil e em pequenas áreas da
Argentina e do Paraguai, é uma espécie resistente, que tolera até incêndios
rasos. Uma árvore de 50 anos atinge cerca de 50 m de altura, equivalente a
um prédio de 15 andares. Seu tronco pode medir até 8,5 m de circunferência.
Para produzir pinhões, a Araucária demora 15 anos. Uma árvore adulta produz
uma média anual de 80 pinhas, cada uma com cerca de 90 pinhões, resultando
em mais de 7000 pinhões por arvore.
Derrubada para a produção de madeira e papel, para dar lugar à lavoura e
pela expansão do turismo, a Araucária está na lista das espécies ameaçadas
de extinção. Desde 1992 seu corte é proibido pelo IBAMA.
