O sistema democrático e o capitalismo para todos estão universalizando. E isto não é uma conquista governamental, nem obra de algum gênio individualizado, é sim, conquista do bem senso da humanidade.
Sabemos que somente através do meio podemos atingir os dois extremos. Uma sociedade unipolar não funciona. Como exemplo histórico temos a ditadura do operariado da época de Stalin e o fascismo de Mussolini. Dois regimes antagônicos que tinham em comum a passionalidade. E da passionalidade a catástrofes histórica é um passo. Uma classe querendo neutralizar a outra é transformar as duas classes em inativas. As duas funcionando simultaneamente geram uma dinâmica progressiva e competente. É através da ebulição dos membros da sociedade que conseguimos o progresso social e econômico. Com passividade criamos uma sociedade amorfa e lenta. O conflito é necessário sem confrontos passionais; somente o atrito legalizado e conquistado através do voto tem legitimidade e validade histórica.
A sociedade quanto mais conflituosa mais progressiva ela se torna. Mas este conflito não deve ser contido num dique, deve sim ter um escoadouro democrático capaz de conviver com os conflitos sem transformar em atitudes ilegais.
A existência humana é uma guerra e o campo de batalha um escoadouro de nossos sonhos e ambições. Acreditar que levantamos para retroceder é uma fantasia. E esta vontade de caminhar sempre para frente congestiona os espaços, nascendo aí os atritos com os embates gerados pelos conflitos de interesses.
O interessante do mundo contemporâneo é que o ser humano começou a perceber que a sobrevivência de sua própria espécie está emaranhada e circunscrita não em intenções altruístas, mas em libertar de suas concessões egoístas para a sustentabilidade da própria humanidade.
A excepcionalidade é rara tanto positiva como negativamente. Percebemos que a pobreza extrema e a riqueza exagerada são ínfimas dentro da sociedade. É com alegria que vejo a humanidade caminhar para o meio. E é para o homem mediano em que as nações devem trabalhar, pois são através deles que conseguiremos eliminar a pobreza extrema sem disfunção no sistema político.
Esta hierarquização social é indispensável para manutenção da ordem natural e do próprio sistema democrático. A vinculação do sujeito com a sociedade é residual só depois da vinculação do individuo com a família que este se dispõem às necessidades sociais. A prioridade humana numera um é consigo próprio e com a família. Sendo esta a natureza humana chegamos ao raciocínio de que o socialismo é sementes estéticas num canteiro infértil. Como então levar o progresso para todos? É justamente o que começou acontecer no mundo contemporâneo a desradicalização dos extremos. A humanidade caminha para a racionalidade. Deixar infectar na atmosfera política de passionalidade. Começar a compreender que o livre mercado e a democracia são estratégias substanciais para a consolidação de mundo com menos sofrimentos materiais. Quando a razão guia o ser humano nasce o bom senso. E com bom senso teremos soluções lúcidas e inteligentes.
Hoje vivo no extremo do meio financeiramente e sou extremamente feliz. E é isto que desejo para humanidade, retaguarda econômica para evoluir completamente em todos os sentidos existenciais e com a desradicalização dos extremos e a trajetória do mundo para meio poderemos chegar mais facilmente a este objetivo.
JUAREZ ALVARENGA