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sexta-feira, setembro 20, 2024

Casos de malária caem 34,8% na Amazônia Legal

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Uma nova avaliação dos casos de malária na Amazônia Legal (AL) aponta queda expressiva das notificações da doença nos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2007. De acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e maio de 2008, foram notificados 121.132 casos da doença, contra 185.983 no ano passado – uma redução de 34,8%. A região da AL é composta pelos estados do Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso. Esses estados concentram 99,9% das notificações de malária no país.

A expansão da rede de diagnóstico, o tratamento oportuno e adequado de pacientes e a inclusão de um novo medicamento (ASMQ) no esquema terapêutico determinaram a queda. “Com isso, atuamos mais precocemente na cadeia de transmissão, baixando o número de pessoas infectadas”, aponta o secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna. “Quanto menos pessoas doentes, menos parasitos circulam no meio ambiente diminuindo a infecção do mosquito e conseqüentemente a possibilidade de transmissão da doença para outras pessoas”, completa.

Entre 1999 e 2007, a rede de laboratórios para diagnóstico de malária passou de 1.182 para 3.217, um acréscimo de 172,2%. Com a redução de casos, houve impacto também nas internações, que caíram 45,8% no período avaliado, passando de 2.910, em 2007, para 1.576, em 2008.

QUEDA NACIONAL – O dado de redução da malária na Amazônia Legal confirma a tendência de diminuição de pessoas infectadas verificada pelo Ministério da Saúde em levantamentos anteriores. Na última avaliação, a queda foi de 16,9%, no ano 2007 em relação 2006.

Todos os estados tiveram redução de casos nos cinco primeiros meses de 2008 em relação a 2007. A maior queda foi no estado de Rondônia (47%). Em seguida, vem os estados do Amapá (45,3%), Maranhão (43,8%), Mato Grosso (42,7%), Roraima (40,6%), Acre (39,5%), Amazonas (33,2%), Tocantins (30,1%) e Pará (15,5%) – veja tabela.

SAIBA MAIS – A malária tem como causa o protozoário Plasmodium. No Brasil, três espécies causam a doença: Plasmodium. vivax, Plasmodium malariae e a Plasmodium falciparum – este último é responsável pela forma mais grave da doença. Não existe vacina contra a doença e, se a infecção não for tratada de forma oportuna e corretamente, pode levar o paciente à morte.

A febre é o sintoma mais marcante da malária, mas há outros como calafrios, fadiga, náuseas, dor de cabeça e, em alguns casos, falta de apetite. Também conhecida como paludismo, a malária tem como transmissor fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles, que picam as pessoas, principalmente ao entardecer e à noite. Quando um mosquito pica alguém infectado, leva consigo o parasito. O plasmodium desenvolve parte de seu ciclo no inseto e, quando alcança as glândulas salivares, está pronto para ser transmitido para outro ser humano.

Uma vez diagnosticada, a malária tem tratamento simples, principalmente nos casos de diagnóstico precoce. Para cada espécie de plasmódio há medicamentos ou associações de medicamentos específicos, em dosagens adequadas à situação de cada doente. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece toda a medicação para o tratamento da malária.

Para evitar a contaminação, as autoridades em saúde recomendam para as pessoas que vivem nas áreas endêmicas que evitem banhos nos igarapés, principalmente no final da tarde e durante a noite. Quando possível, é conveniente usar mosquiteiros e telas nas janelas e portas das casas.

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