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terça-feira, dezembro 23, 2025
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Saúde gasta R$ 39 milhões com remédios para doença

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Ministério oferece sete tipos de medicamentos para regular cálcio no osso, lançou guia para cuidadores de idosos e cartilha com dicas para evitar acidentes em casa
Doença associada à carência de cálcio nos ossos e que acarreta uma redução da massa óssea, a osteoporose pode ser gerada por vários fatores, como desequilíbrio alimentar, excesso de álcool, cafeína, tabagismo e a ausência de atividade física. Combatê-la é o principal objetivo do Dia Mundial da Osteoporose, celebrado em 20 de outubro.
A cada ano, o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Com o Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional, criado em 1982, são disponibilizados medicamentos para o tratamento de doenças específicas cujos pacientes necessitam de medicamentos de custo unitário geralmente elevado. A osteoporose é uma delas.
Em 2007, foram investidos mais de R$ 37 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose. Atualmente, são oferecidos sete medicamentos com 14 apresentações diferentes, conhecidos como reguladores da homeostase do cálcio e a projeção de gastos, até dezembro de 2008, está em torno de R$ 39 milhões.
A homeostase do cálcio, na verdade, é a tentativa do organismo de equilibrar a presença do mineral, que é depositado ou retirado do esqueleto, de forma que os níveis sangüíneos sejam mantidos dentro de uma faixa estreita, essencial para a condução nervosa, coagulação sangüínea, contração muscular e outros processos fisiológicos vitais. A osteoporose ocorre quando a quantidade de tecido ósseo é tão baixa que os ossos são facilmente fraturados.

COMBATE – De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a doença atinge mais de 10 milhões de brasileiros. Grande parte desse público é formada por idosos – que atualmente já somam mais de 17,6 milhões em todo o país. Cerca de 30% das pessoas idosas sofrem quedas a cada ano. Essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos. As mulheres tendem a cair mais que os homens até os 75 anos de idade, a partir dessa idade as freqüências se igualam. Dos que caem, cerca de 2,5% requerem hospitalização.
Como a osteoporose é uma doença sem sintomas muito claros que possam ser identificados precocemente, uma importante forma de evitá-la é manter boa alimentação. Com o intuito de reduzir a incidência da doença, o Ministério da Saúde criou, em 2007, um comitê assessor formado por técnicos e representantes da Confederação das Entidades Brasileiras de Osteoporose e Osteometabolismo. O grupo debate estratégias de prevenção de quedas e de osteoporose e os cuidados necessários para aquelas pessoas que caem e sofrem fraturas.
Algumas podem ser as causas de quedas dos idosos: dificuldade auditiva, de visão, uso inadequado de medicamentos, dificuldade de equilíbrio, perda progressiva de força nos membros inferiores ou osteoporose. Embora seja mais divulgada a ocorrência em mulheres, com o envelhecimento, a incidência se equilibra entre os sexos.
A maioria das quedas acidentais ocorre dentro de casa ou em seus arredores, geralmente durante o desempenho de atividades cotidianas como caminhar, mudar de posição, ir ao banheiro. Cerca de 10% das quedas ocorrem em escadas sendo que descê-las apresenta maior risco que subi-las.
No Guia Prático do Cuidador, lançado em junho de 2008 pelo Ministério da Saúde, há diversas dicas de adaptações ambientais que podem ser realizadas nos ambientes mais freqüentados pelo idoso na casa para evitar acidentes. De acordo com um levantamento feito pela pasta, as capitais Rio de Janeiro e São Paulo são as que mais tiveram internações de idosos por fratura de fêmur em 2006. Em São Paulo foram 2.388 e no Rio de Janeiro, 1.178. A terceira cidade é Porto Alegre com 479.

Dicas do Guia Prático do Cuidador
Adaptações ambientais:
– Muitas vezes, é preciso fazer algumas adaptações no ambiente da casa para evitar quedas, facilitar o trabalho do cuidador do idoso e permitir que a pessoa possa se tornar mais independente.
– O lugar onde a pessoa mais fica deve ter somente os móveis necessários. É importante manter alguns objetos que a pessoa mais goste de modo a não descaracterizar totalmente o ambiente. Cuide para que os objetos e móveis não atrapalhem os locais de circulação e nem provoquem acidentes.

Exemplos de adaptações:
– As cadeiras, camas, poltronas e vasos sanitários mais altos do que os comuns facilitam a pessoa cuidada a sentar, deitar e levantar. O cuidador ou outro membro da família pode fazer essas adaptações. Em lojas especializadas existem levantadores de camas, cadeiras, vasos sanitários e vários tipos de objetos adaptados que evitam os acidentes domésticos mais comuns.
– Antes de colocar a pessoa sentada em uma cadeira de plástico, verifique se a cadeira suporta o peso da pessoa e coloque a cadeira sobre um piso antiderrapante, para evitar escorregões e quedas.
– O sofá, poltrona e cadeira devem ser firmes e fortes, ter apoio lateral, que permita à pessoa se sentar e se levantar com segurança.
– Retire tapetes, capachos, tacos e fios soltos, para facilitar a circulação do cuidador e da pessoa cuidada e também evitar acidentes.
– Sempre que possível é bom ter barras de apoio na parede do chuveiro e ao lado do vaso sanitário. Assim, a pessoa se sente segura ao tomar banho, sentar e levantar do vaso sanitário, evitando se apoiar em pendurador de toalhas, pias e cortinas.
– O banho de chuveiro se torna mais seguro com a pessoa cuidada sentada em uma cadeira, com apoio lateral.
– Piso escorregadio causa quedas e escorregões. Por isso é bom utilizar tapetes antiderrapantes (emborrachados) em frente ao vaso sanitário e cama, no chuveiro, embaixo da cadeira etc.
– Os objetos de uso pessoal devem estar colocados próximos à pessoa e em uma altura que facilite o manuseio, de modo que a pessoa não precise abaixar ou se levantar para apanhá-los.
– As escadas devem ter corrimão dos dois lados, faixa ou piso antiderrapante e ser bem iluminadas.

Em caso de queda:
As quedas são os acidentes que mais ocorrem com as pessoas idosas e fragilizadas por doenças, ocasionando fraturas, principalmente no fêmur, costela, coluna, bacia e braço.
– Se mesmo com todos os cuidados, a pessoa caiu e se acidentou, após a queda, é importante que a equipe de saúde avalie a pessoa e identifique a causa, buscando no ambiente os fatores que contribuíram para o acidente. Assim, podem ajudar a família a adotar medidas de prevenção e a tornar o ambiente mais seguro.
– Ao atender a pessoa que caiu, observe se existe alguma deformidade, dor intensa ou incapacidade de movimentação, que sugere fratura. No caso de suspeita de fratura, caso haja deformidade, não tente “colocar no lugar”. Procure não movimentar a pessoa cuidada e chame o serviço de emergência o mais rápido possível.

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