Equipes da Secretaria de Saúde de Campinas visitaram 218 endereços nesta
quarta-feira, dia 21 de janeiro, na Rua Mário Junqueira, no Jardim Eulina,
região Norte do município, numa ação de mapeamento de foco de roedores.
O local é propício à proliferação de ratos e tem histórico de infestação,
inclusive com notificação recente de pessoa mordida por estes animais. Os
roedores são os principais reservatórios da leptospira, que causa a
leptospirose, doença de grande importância para a saúde pública.
O trabalho mobilizou 16 pessoas entre biólogo, ajudantes e supervisores de
controle ambiental da Vigilância em Saúde Norte e agentes comunitários do
Centro de Saúde do Jardim Eulina.
As equipes diagnosticaram 10 residências com tocas e vestígios de ratazanas
e 35 domicílios com ninhos de camundongos. Foram recolhidos 13 sofás, que
podem servir de criadouros para ratos e outros insetos e animais
peçonhentos. Também foram retirados oito pneus.
Além disso, para otimizar a ação, as equipes trabalharam na prevenção da
dengue com ações de informação, educação em saúde e mobilização dos
moradores, retirada e inviabilização de criadouros do mosquito transmissor,
o Aedes aegypti.
Um outro desdobramento da ação foi o cadastramento de 10 recicladores ainda
não conhecidos. “Os profissionais reforçaram que o trabalho deles é muito
importante, mas que tem que ser feito de forma que não gere mosquito e
propicie a proliferação de outros insetos e animais peçonhentos. Os
recicladores cadastrados são visitados periodicamente e recebem bags –
grandes sacolões de ráfia para guardar os resíduos”, afirmou Carlos Roberto
de Oliveira, supervisor de controle ambiental da Visa Norte e um dos
responsáveis pela coordenação da ação em campo.
Carlos disse ainda que a receptividade da comunidade à ação foi muito boa.
Segundo ele, somente nove moradores não permitiram a entrada das equipes. O
trabalho prossegue nesta quinta-feira, dia 22, em mais dois quarteirões
identificados como de risco.
A partir do mapeamento, a Visa Norte vai elaborar um documento que será
levado para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para que a unidade
programe uma ação de desratização.