O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Idec, realizou uma pesquisa na qual avaliou os preços e as condições de contratação de dezesseis operadoras de assistência médica. O resultado foi que todas elas adotam práticas abusivas e de forma discriminatória contra pessoas da terceira idade.
A pesquisa também revela que muitas empresas descumprem as regras de reajuste de faixa etária da agência reguladora, valias para contratos firmados a partir de 2004.
É natural que com o envelhecimento, as pessoas necessitem cada vez mais de atendimento médico. O corpo não responde tão bem. Porém, o aumento na frequência pela procura de médicos aumenta os gastos do plano de saúde. Este fato torna desvantajosa a adesão de novos clientes da terceira idade.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, tem um regulamento para tratar sobre esta questão. Mas o próprio regulamento fere a cidadania. Em uma das especificações, a legislação diz que é permitida às operadoras a aplicação de reajustes por mudança de faixa etária de até 500% entre a primeira e a última faixa.
Na prática, o plano de saúde do idoso custa, em média, 80% do salário brasileiro. Não bastasse a permissividade da legislação da ANS, as empresas vêm aplicando índices mais altos para os usuários de terceira idade.
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